Segundo astrobióloga do Instituto Lunar e Planetário de Houston, a mudança pode ser necessária caso as pessoas queiram “viver, trabalhar e prosperar”, no Planeta Vermelho
No futuro, astronautas devem ter seu DNA alterado antes de fazerem uma perigosa e traiçoeira viagem até Marte. A frase pode até parecer meio controversa ou impossível, mas a ideia foi sugerida em um seminário online organizado pela Academia de Ciências de Nova York.
Durante um webinar realizado na semana passada, a astrobióloga do Instituto Lunar e Planetário de Houston, Kennda Lynch, debateu a ideia. “[A mudança de DNA] pode precisar entrar em cena se as pessoas quiserem viver, trabalhar, prosperar, estabelecer sua família e permanecer em Marte".
Isso pode ser necessário pois os viajantes espaciais, provavelmente, precisarão se tornar super-humanos — com células resistentes à radiação e osso extra fortes — para sobreviverem à viagem.
"É quando esse tipo de tecnologia pode ser crítica ou necessária", acrescentou. Assim, as alterações no DNA dos astronautas podem ajudá-los a suportarem uma enxurrada de radiação cósmica e ambientes extremamente mortais na superfície do planeta.
Outra alternativa para superarem esses extremos seria a “terraformação”, um processo no qual os cientistas mudam permanentemente o clima de um planeta. "E como podemos fazer isso sem mudarmos o planeta antes de partirmos e descobrirmos se a vida realmente estava lá?", disse Lynch durante o evento.
Várias agências espaciais e até empresas privadas prometeram estabelecer o primeiro homem no Planeta Vermelho nas próximas duas décadas. A Nasa espera pousar astronautas em Marte até 2030. Já a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, pretende enviar até um milhão de pessoas ao planeta até 2050.