Com o auxílio de 13 amostras, foi possível identificar a dieta básica daquele período — onde a prática do fumo já eram popular
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Ryukyus, no Japão, em parceria com a Universidade de Tóquio, realizou um aprofundamento em uma característica pouco comum dos fósseis humanos: o tártaro.
Afim de estudar seus hábitos antigos de alimentação, os pesquisadores analisam uma camada de placa formada nos dentes. Com base neses dados, os cientistas japoneses publicaram um estudo sobre a alimentação humana dos nativos daquele período.
Em uma extensa coleta, o DNA dos alimentos que calcificaram junto aos dentes foi retirado de 13 restos mortais, datados na segunda metade do período Edo, que durou entre 1603 e 1867. As amostras apontam que, em grande maioria, a dieta diária da população japonesa era bem semelhante a atual, priorizando o arroz e os legumes.
Com a análise cuidadora, os alimentos mais comuns encontrados foram o rabanete, a folha de shiso, a cebola, a castanha japonesa, a cenoura e a abóbora. O arroz, presente em 8 das 13 coletas, acompanhavam a maioria das refeições com os vegetais. O DNA do tabaco também foi identificado em algumas amostras, indicando que a prática do fumo já era popular naquela época.
O pesquisador Rikai Sawafuji, da Universidade de Ryukyus e membro da Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência, compôs a equipe de pesquisa e avaliou como o estudo pode contribuir com a compreensão de uma época: "A técnica permitirá pesquisar o que cada indivíduo comeu”. E assim, será possivel ter um conhecimento maior sobre os hábitos daquele povo.