Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Stonehenge

Stonehenge: Pesquisa aponta nova origem para a pedra do altar

Estudo chama atenção ao apontar que a pedra do altar de Stonehenge foi transportada por 700 quilômetros até chegar no local

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/08/2024, às 18h50 - Atualizado às 18h51

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Monumento de Stonehenge - Getty Images
Monumento de Stonehenge - Getty Images

Um novo capítulo na fascinante história de Stonehenge foi escrito. Pesquisadores agora teorizam que a enigmática Pedra do Altar, situada no coração do monumento no sul da Inglaterra, percorreu mais de 700 quilômetros desde o nordeste da Escócia até seu destino, há quase 5.000 anos. Essa descoberta, publicada recentemente na revista Nature, desafia a teoria centenária de que a pedra teria vindo do País de Gales.

A Pedra do Altar, um bloco de arenito com cerca de seis toneladas, foi transportada numa distância surpreendente para a época, possivelmente por rotas marítimas ao longo da costa britânica.

Essa revelação não apenas redefine o entendimento sobre as habilidades técnicas e a organização social dos povos neolíticos, mas também lança luz sobre as complexas redes de comércio e conexão entre essas antigas comunidades.

Nick Pearce, coautor do estudo e professor da Universidade de Aberystwyth, destacou o impressionante feito logístico que essa viagem representou.

Esta é a jornada mais longa registrada para qualquer pedra usada em um monumento daquele período", afirmou.

O estudo sugere que as pedras de Stonehenge não eram apenas blocos de construção, mas possuíam um significado cultural profundo, sendo transportadas de locais que poderiam ter importância ancestral para os construtores.

A pesquisa, que analisou a composição química e a idade dos grãos minerais da pedra, encontrou correspondências com sedimentos da Bacia Orcadiana, no nordeste da Escócia, descartando assim a hipótese anterior de origem galesa.

Segundo os autores, a descoberta não só revela um nível significativo de coordenação social, mas também insinua que a antiga Grã-Bretanha possuía uma infraestrutura de transporte marítimo mais sofisticada do que se imaginava.

Mistério

O estudo traz novas perguntas sobre como os povos neolíticos conseguiram mover uma pedra tão grande por meio de um território predominantemente florestal e cheio de obstáculos naturais.

Embora a rota exata permaneça desconhecida, a possibilidade de uma travessia marítima abre possibilidades de pesquisa sobre as capacidades náuticas desses povos.

No entanto, o desafio de entender o propósito e o simbolismo de Stonehenge permanece. Como conclui Clarke, principal autor da pesquisa, "o propósito de Stonehenge sempre será um mistério, mas cada nova descoberta nos aproxima mais da verdade".