Chamando o governo da Ucrânia de “viciados” e “neonazistas”, o presidente russo falou diretamente às tropas ucranianas
Em um comunicado televisionado nessa sexta-feira, 25, o presidente russo Vladimir Putin expressou claramente sua opinião negativa em relação ao governo de Volodimir Zelensky e comunicou-se diretamente ao exército da Ucrânia. Essa decisão do líder de Estado da Rússia pode estar conectada a uma, suposta, justificação da invasão militar.
Na última quarta-feira, 23, a Rússia colocou em movimento suas tropas que estavam nas fronteiras ucranianas desde o ano passado, 2021, atacando diversos pontos de seu país vizinho e já matando mais de 100 pessoas, segundo dados da Ucrânia. Nas palavras de Putin, a invasão é motivada pelo combate a formações nacionalistas ucranianas.
Em sua declaração ao exército, o presidente da Rússia chamou o governo do político judeu Volodimir Zelensky de "gangue de viciados em drogas e neonazistas, que se instalou em Kiev e está tomando todo o povo ucraniano como refém". Com isso, Putin tenta explicar o que, teoricamente, o levou a permitir o ataque.
Afirmando que o povo ucraniano quer acusar a Rússia “de causar baixas entre a população civil”, o presidente russo disse que os grupos nacionalistas se comportam como terroristas e usam escudos humanos. Sua oposição completa ao governo da Ucrânia também o levou a incitar um golpe militar das tropas ucranianas.
Tomem o poder em suas mãos. Acho que vai ser mais fácil negociar entre vocês e eu”, defendeu.