A partir da análise de grãos, os pesquisadores alegaram que as descobertas suíças e alemãs são tão antigas quanto as encontradas no Egito
Pesquisadores austríacos revelaram que os povos neolíticos fabricaram cerveja na Europa Central há seis mil anos. A afirmação ganhou vida devido ao novo estudo proposto pelos especialistas da Academia Austríaca de Ciências: o estudo de grãos de cereais em artefatos antigos.
Segundo Andreas Heiss, líder da pesquisa, os grãos provenientes da Suíça e Alemanha foram pulverizados e queimados na cerâmica, o que deu acesso as suas camadas de tecido mais profundas.
A partir da análise da aleurona - uma camada de tecido - eles constataram que as primeiras evidências de bebidas à base de malte, assim como a cerveja, foram datadas de quatro mil a.C..
Ademais, uma vez comparada aos antigos grãos do Egito – que já haviam sido descobertos anteriormente - notou-se que as descobertas suíças, provenientes de um assentamento nas margens do lago de Zurique, e as descobertas do sudoeste alemão, de dois assentamentos nas margens do lago de Constança, datavam do mesmo período e, portanto, são aproximadamente tão antigas quanto às descobertas egípcias.
Para Heiss, a cerveja teve um grande desempenho nas sociedades antigas, como em seus rituais e papéis sociais. Segundo o pesquisador, a parede celular de aleurona foi essencial para que o estudo fosse realizado e, a partir de agora, poderão contribuir com futuras análises sobre a fabricação pré-histórica de cerveja.