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Notícias / Mundo

Por que os EUA tinham redes de fast food em bases militares durante as guerras?

A presença de redes de fast food em bases militares dos EUA no Iraque e outros países do Oriente Médio, tem razões tanto logísticas quanto emocionais

Luiza Lopes Publicado em 07/09/2024, às 10h30

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Lojas das lanchonetes McDonald's e Subway em 2011 no Campo Virgínia, base dos EUA Kuwait - Divulgação/Australian War Memorial
Lojas das lanchonetes McDonald's e Subway em 2011 no Campo Virgínia, base dos EUA Kuwait - Divulgação/Australian War Memorial

A presença de redes de fast food em bases militares dos Estados Unidos no Iraque e outros países do Oriente Médio tem razões tanto logísticas quanto emocionais. A informação foi revelada pelo jornalista Alexandre Saconi, em sua coluna do UOL.

Lanchonetes como Burger King, McDonald's, Subway e Pizza Hut oferecem uma sensação de familiaridade e conforto para os soldados, que passam longos períodos afastados de suas famílias e de sua vida cotidiana. 

Além de variar o cardápio e proporcionar uma opção diferente das refeições tradicionais ou rações militares, elas funcionam como uma forma de alívio psicológico, ajudando a reduzir o estresse em meio ao cenário de guerra, relata o jornalista.

Militar faz pedido em lanchonete no Campo Vitória, em Bagdá, Iraque, em 2005 / Crédito: Divulgação/Adam Ramsey/Departamento de Defesa dos EUA
Soldado retira um pedido na lanchonete Pizza Hut instalada no Campo Phoenix, uma das bases militares dos EUA no Afeganistão, em 2011 / Crédito: Divulgação/ Departamento de Defesa dos EUA

‘Suporte emocional’

Em 2010, o general Stanley McChrystal, comandante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Afeganistão, baniu as redes de fast food das bases sob seu comando, afirmando que o foco deveria ser nas necessidades essenciais da guerra, como armamentos e água, e não em luxos desnecessários.

A decisão causou resistência entre os soldados, que viam as lanchonetes como um "suporte emocional" importante. Após sete meses, com a troca de comando, as redes voltaram a operar nas bases até o fim da guerra no Afeganistão em 2021, repercute o UOL.