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Na terça-feira da semana passada, 11, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, sugeriu um novo imposto para tentar combater às mudanças climáticas no país. Apesar da iniciativa, a proposta soou um tanto quanto bizarra.
A agricultura é responsável por quase metade da emissão de gases de efeito estufa por lá, e grande parte da produção de metano é produzida por gados — incluindo arrotos e peidos de vacas. Por isso, Ardern sugeriu cobrar uma taxa pelo gás produzido pelos animais.
A proposta veria os agricultores da Nova Zelândia liderando o mundo na redução de emissões, oferecendo uma vantagem competitiva e aprimorando nossa marca de exportação”, justificou.
Caso seja aprovado, o imposto será o primeiro deste tipo a vigorar no país. Porém, de acordo com a ABC News, os agricultores não se mostraram nenhum pouco atraídos com a proposta.
Muito pelo contrário, a Federated Farmers, o principal grupo de lobby para a indústria agrícola da Nova Zelândia, declarou que a nova taxação “arrancaria as entranhas das pequenas cidades da Nova Zelândia”.
“Nosso plano era manter os agricultores cultivando”, disse o presidente da Federated Farmers, Andrew Hoggard. O novo imposto, em sua opinião, faria com que os agricultores tivessem que vender suas fazendas “tão rápido que você nem ouviriam os cães latindo na traseira do caminhão enquanto eles saem”.
A proposta também não é vista com bons olhos por membros do partido conservador ACT, que alegam que a medida, na verdade, pioraria as emissões de carbono, visto que os agricultores transfeririam seus negócios para outros países menos eficientes no combate às emissões de gases do efeito estufa.
Para se ter uma ideia, prossegue a ABC News, a agricultura é uma indústria tão forte no país, especialmente na produção de laticínios, que o número de vacas por lá é o dobro do número de pessoas — 10 milhões de bovinas para uma população de 5 milhões de pessoas. Há também 26 milhões de ovelhas no país.