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Notícias / Pintura

Pintura encontrada após 150 anos pode ser vendida por R$ 1,8 milhão

Obra rara e valiosa permaneceu na mesma família desde o século 19, mas seus proprietários não sabiam de seu valor; quadro deve ser leiloado em breve

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 26/03/2025, às 08h21

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Pintura encontrada - Divulgação/Hôtel Drouot
Pintura encontrada - Divulgação/Hôtel Drouot

Um leiloeiro de Touraine, na França, encontrou uma pintura a óleo sobre tela do renomado artista Eugène Delacroix. A obra, intitulada Estudo de Leões Reclinados, permaneceu na mesma família desde o século 19 e ficou escondida por décadas. No dia 28 de março, será leiloada, podendo arrecadar mais de US$ 330.000 (cerca de R$ 1,894 milhão).

“Os donos não tinham certeza de que era uma Delacroix”, afirmou Malo de Lussac, leiloeiro responsável pela descoberta. “Quando cheguei na sala de estar, meu olhar foi atraído por seu magnetismo. Foi muito comovente. As obras de Delacroix são vistas com muita regularidade em museus, mas muito pouco em mãos privadas.”

Segundo o site Artnet News, a pintura passou pelo menos 150 anos com a mesma família, especialmente após a venda do ateliê de Delacroix em 1964. O quadro representa sete leões, seis deles pintados com riqueza de detalhes e um apenas esboçado com poucos traços. A paleta predominante inclui vários tons de marrom, como destacou o portal Hôtel Drouot.

Fascinado por feras

Nascido em 1798, Delacroix era fascinado por feras selvagens, especialmente leões, que observava no zoológico do Jardim das Plantas, em Paris. De acordo com o portal Galileu, seu interesse se estendia a dissecações e taxidermia, práticas que influenciaram seu estudo detalhado dos animais. Durante anos, ele retratou cenas de caçadas e batalhas entre leões e cavaleiros, reunidas na série A Caça ao Leão.

O pintor ganhou reconhecimento em 1822 ao exibir A Barca de Dante no Salão de Paris, consolidando-se como um dos principais nomes do romantismo francês. Sua obra mais célebre, A Liberdade Guiando o Povo, homenageia a Revolução de Julho de 1830.

A autenticidade da pintura recém-descoberta é respaldada por documentos históricos, incluindo um certificado do colecionador Pierre Dieterle, datado de 1973, e uma carta de 1966 do especialista Lee Johnson. No verso do quadro, há um selo de venda do estúdio de Delacroix com a data de 1863, um ano após sua morte, ocorrida em 1862.