De acordo com o novo estudo, israelitas antigos diluíram prata em cobre e arsênio para fazer o material ganhar volume e usar como moeda
Uma equipe de pesquisadores concluiu uma análise que comprova um dos primeiros exemplos de fraude financeira na história da humanidade após encontrar supostas moedas primitivas no sudeste de Levante. O estudo, desenvolvido pela Universidade de Haifa em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, foi noticiado pelo jornal The Times of Israel.
Após a descoberta do item, a datação laboratorial apontou sua produção entre os anos de 1.200 a 950 a.C. — justamente no período de chegada dos israelitas na região. Com poucas quantidades de prata, os fraudadores misturavam outros tipos de materiais, como cobre e ferro, para diluir a prata e produzir moedas semelhantes às que circulavam na época.
O que apontou a possível fraude foi o peso os itens, que não eram uniformes, possuindo variações que não representavam a produção de moedas da época. De acordo com o estudo, elas eram cortadas e usavas diretamente na troca de itens de acordo com o peso para obter mercadorias — além de possuir um volume incompatível com peças de prata maciça.
A tese enaltece que a mistura é uma das mais antigas fraudes financeiras registradas pela arqueologia: "Apesar da pequena porcentagem de prata nos talheres, ela foi misturada à outras substâncias como o arsênio, que fazia parecer como prata, reforçando a hipótese de que ao menos em uma parte do período houve falsificação deliberada".