O estudo foi realizado na Universidade de Cambridge e é de notável importância científica
Após quase 140 anos da morte de Charles Darwin, os cientistas conseguiram comprovar, pela primeira vez, uma de suas teorias da evolução. Laura Van Holstein, aluna de antropologia biológica na Universidade de Cambridge é a responsável pela pesquisa publicada nesta quarta-feira, 18, por meio do site Proceedings of Royal Society B, a qual aceita artigos e análises originais de notável importância científica e de interesse geral.
Trata-se de um estudo sobre as subespécies de mamíferos que foram descobertas e se elas desempenham um papel mais importante na evolução, diferente do que era pensado anteriormente. Agora, sua pesquisa poderá ser usada a fim de prever quais conservacionistas das espécies devem se concentrar em sua proteção, evitando que se tornem ameaçadas ou extintas.
"Minha pesquisa investigou a relação entre espécies e a variedade de subespécies e provou que elas desempenham um papel crítico na dinâmica evolutiva a longo prazo e na evolução futura das espécies. E elas sempre o têm, e era isso que Darwin suspeitava quando definia o que realmente era uma espécie”, disse a pesquisadora.
A antropóloga confirmou a hipótese de Darwin ao observar os dados coletados ao longo dos anos. Além disso, seu estudo afirmou que a evolução acontece de maneira diferente em mamíferos marinhos e morcegos e em mamíferos terrestres. A distinção acontece na diversificação das subespécies devido ao seu habitat natural e a capacidade de andar livremente, o que pode ser uma complicação devido às barreiras físicas.
Dessa maneira, a pesquisa mostra outro ponto importante, o impacto humano no habitat desses animais, que poderão ser afetados futuramente. "Os modelos evolutivos agora podem usar essas descobertas para antecipar como as atividades humanas, como a extração de madeira e o desmatamento, afetarão a evolução no futuro, interrompendo o habitat das espécies”, completou Van Holstein.