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Notícias / Santo Sudário

Pesquisa comprova que Santo Sudário cobriu o rosto de Jesus Cristo?

Pesquisa conduzida por cientistas italianos trouxe novas evidências a respeito do Santo Sudário, tecido que teria envolvido corpo de Jesus

Luiza Lopes Publicado em 23/08/2024, às 11h55 - Atualizado em 27/08/2024, às 13h31

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Santo Sudário, tecido que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo - Reprodução/Domínio público
Santo Sudário, tecido que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo - Reprodução/Domínio público

Uma recente pesquisa conduzida por cientistas italianos trouxe novas evidências a respeito do Santo Sudário, um tecido que, segundo a tradição cristã, teria envolvido o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação.

Conhecido também como o Sudário de Turim, essa relíquia foi revelada ao público pela primeira vez na década de 1350 e, desde 1578, permanece preservada na capela real da catedral de San Giovanni Battista, em Turim, Itália.

O tecido exibe a imagem sutil da frente e das costas de um homem barbudo, que muitos fiéis acreditam ser uma impressão milagrosa de Jesus.

Em 1988, uma análise de datação por carbono-14 realizada por pesquisadores internacionais sugeriu que o tecido teria sido confeccionado entre 1260 e 1390 d.C., indicando uma origem medieval, muito posterior à época de Cristo.

No entanto, um estudo divulgado em 2022, pelo Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, desafiou essas conclusões.

Liberato De Caro, um dos cientistas envolvidos nesta nova pesquisa, afirmou, conforme repercutido pelo jornal britânico Daily Mail, que a análise anterior, de 1988, deveria ser considerada incorreta devido à possível contaminação das amostras, o que poderia comprometer a precisão da datação por carbono-14.

Nova pesquisa

Utilizando a técnica de espalhamento de raios X de grande angular (WAXS), os cientistas analisaram o envelhecimento natural da celulose do linho e compararam o Sudário com amostras de linho datadas do primeiro século, encontradas em Israel.

Os resultados surpreenderam ao mostrar que a composição do Sudário era consistente com as amostras mais antigas, diferindo significativamente das amostras datadas entre 1260 e 1390 d.C.

Com base nesses novos dados, a equipe de cientistas italianos sugere que o item sagrado pode realmente datar da época de Jesus, reforçando a possibilidade de que tenha envolvido seu corpo.

Prova definitiva?

A teoria de que o Santo Sudário data de aproximadamente 2.000 anos atrás reforça a hipótese de que o tecido poderia ter envolvido o corpo de Jesus Cristo, mas isso não constitui uma prova definitiva. O estudo não apresenta essa informação.

A principal razão para a cautela reside no fato de que, apesar da datação coincidir com o período em que o religioso viveu, não há evidências diretas ou verificáveis de que o item tenha pertencido especificamente a ele. Vale ressaltar que a Igreja Católica, inclusive, não reconhece o Sudário como uma peça legítima.

A ausência de uma documentação dificulta a afirmação de que o Sudário cobriu seu corpo. “A Igreja não pode afirmar, como nunca afirmou, se é verdadeiro ou não [o Santo Sudário]”, explicou no ano passado, à BBC, Jack Brandão, autor de 'A Saga Desconhecida do Santo Sudário de Cristo e de sua Igreja'. "Ela se exime de fazer isso por não haver provas textuais, dizendo simplesmente que é um objeto para ser venerado e por meio do qual podemos rememorar a Paixão de Cristo".

Além disso, segundo o jornal britânico, mesmo com o uso de técnicas avançadas de datação, como o espalhamento de raios X, a precisão dos resultados pode ser afetada por contaminações ambientais e condições de armazenamento ao longo do tempo, levantando dúvidas sobre a exatidão das conclusões.

Ou seja, para que o resultado do estudo seja conclusivo, o pano em questão teria que ter sido mantido em condições específicas de umidade e temperatura durante 13 séculos, antes dos registros de 1354.