Vadim Shishimarin foi condenado por ter atirado em um homem na Ucrânia
A sentença de prisão perpétua de um soldado russo condenado no primeiro julgamento por crimes de guerra, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro, foi reduzida para 15 anos por um tribunal de apelações em Kiev, nesta sexta-feira, 29.
O julgamento foi utilizado como um teste inicial de se é possível realizar julgamentos justos durante o conflito armado em questão e de quão bem o sistema judiciário da Ucrânia enfrentará a tarefa de processar milhares de casos complicados de crime de guerra.
Alguns críticos afirmaram que a sentença de Vadim Shishimarin foi muito dura, e de forma indevida, já que o rapaz teria confessado o crime cometido, dizendo que estava apenas seguindo ordens, além de ter expressado remorso. Viktor Ovsyannikov, seu advogado de defesa, pediu ao tribunal para que a sentença fosse reduzida para somente 10 anos.
Ele ainda defendeu que é altamente provável que o soldado seja devolvido à Rússia em um esquema de troca de prisioneiros.
A denúncia da Procuradoria-geral da Ucrânia diz que Vadim atirou de um carro contra um homem ucraniano de 62 anos que estava apenas andando em uma rua do vilarejo de ChupaKhivka, perto de Kiev, em 28 de fevereiro, 4 dias depois da invasão russa no país.
Vadim alegou que realizou a ação por ordens do comandante da equipe em que participava, que estaria fugindo de soldados ucranianos. Desde o início dos ataques russos, a Ucrânia diz já ter identificado ao menos 10.000 suspeitas de crimes de guerra, segundo o G1.
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