Conjunto de fatores desfavoráveis tem contribuído para o crescimento da fome no país
Segundo divulgado pela AFP, a ONU (Organização das Nações Unidas) publicou um relatório que destaca o caráter alarmante da situação alimentar vivida pela população da Coreia do Norte.
O autor do texto foi o advogado Tomas Ojea Quintana, um Relator Especial da organização focado na conjuntura dos direitos humanos no país asiático.
Segundo o especialista, as sanções internacionais ao território (que foram impostas em resposta a seus programas militares e nucleares não autorizados), juntamente às limitações comerciais impostas por eles mesmos para tentar conter a disseminação do coronavírus a partir de sua fronteira com a China, mergulharam o país em crise.
Um dos aspectos mais preocupantes deste cenário é que as plantações norte-coreanas não são o suficiente para alimentar a população, em particular após a região ter sido assolada por desastres naturais nos últimos meses.
Essas questões, em união com a redução dos alimentos importados, tem gerado um inevitável aumento da fome entre os norte-coreanos.
O problema chegou a tal ponto, que durante um pronunciamento feito em junho deste ano, Kim Jong-un admitiu que a situação alimentar das pessoas estava "ficando tensa" — algo que não teve melhoras significativas de lá para cá.
"As sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU devem ser revistas e aliviadas quando necessário para facilitar a entrega de assistência humanitária", defende Tomas Ojea Quintana.
Conforme repercutido pelo G1, a FAO, agência das Nações Unidas luta pela erradicação da fome. A Coreia do Norte, por sua vez, teve uma carência de por volta de 860 toneladas de alimentos em 2021.