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Notícias / Robôs

Para fazer robôs sorrirem, cientistas desenvolvem pele artificial mais realista

Cientistas da Universidade de Tóquio apontam que, com a nova tecnologia, os robôs poderão até mesmo adquirir capacidade de cicatrização em caso de cortes

por Giovanna Gomes
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Publicado em 26/06/2024, às 11h40

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Nova tecnologia deve ajudar robôs a terem aparência mais humana - Divulgação/Takeuchi et al
Nova tecnologia deve ajudar robôs a terem aparência mais humana - Divulgação/Takeuchi et al

No futuro, robôs poderão apresentar uma pele tão real quanto a dos seres humanos, segundo cientistas da Universidade de Tóquio.

A equipe, liderada pelo professor Shoji Takeuchi, dedica-se à robótica biohíbrida, que une biologia e engenharia mecânica, e desenvolveu uma nova pele artificial a partir de células humanas. Esta técnica foi descrita em um artigo publicado na revista Cell Reports Physical Science.

Segundo informações da revista Galileu, o grupo espera que, com essa pele, os androides possam emular movimentos humanos, como sorrisos, e até adquirir capacidade de cicatrização em caso de cortes.

A fonte destaca que a criação de peles artificiais mais realistas é essencial para que os robôs pareçam mais humanos. No entanto, sem a aderência adequada, essas peles podem se desprender da superfície metálica dos robôs, deixando-os com uma aparência perturbadora.

Método inovador

Pesquisadores anteriores tentaram resolver o problema da flacidez da pele artificial fixando-a com estruturas em forma de gancho, mas isso criava protuberâncias sob a pele.

Para resolver o problema, Takeuchi projetou um método inovador de aplicação da pele, feita em laboratório a partir de células humanas. Sua equipe já havia testado essa solução em um robô menor, que emulava um dedo humano, com um estudo publicado em 2022.

“Senti a necessidade de uma melhor adesão entre as características robóticas e a estrutura subcutânea da pele”, declarou Takeuchi, em nota à imprensa. “Imitando as estruturas da pele humana e usando perfurações em forma de V, encontramos uma maneira de unir a pele a estruturas complexas”.

Outra técnica utilizada foi o uso de um gel de colágeno especial para adesão. Com um “tratamento com plasma”, que torna a área hidrofílica, a equipe conseguiu induzir o colágeno nas perfurações, mantendo a pele próxima à superfície.

Um dos principais benefícios dessa técnica, segundo os pesquisadores, é permitir que robôs operem ao lado de humanos sem sofrer desgastes desnecessários. Pequenos rasgos poderiam ser reparados sem a necessidade de manutenção manipulada, semelhante à regeneração da pele humana.

Embora a capacidade de auto-regeneração ainda não tenha sido testada em profundidade, os cientistas acreditam que a pele biológica poderia reparar pequenas lacerações e até incluir nervos e outras estruturas da pele.

Segundo a Galileu, em uma demonstração prática, eles recriaram a forma como a pele muda quando um ser humano sorri, conectando a pele artificial à face robótica com uma camada de silicone por baixo. A pele ajustou-se perfeitamente ao molde 3D de uma face, sem parafusos ou ganchos, e a contração da pele foi significativamente menor em superfícies com âncoras perfuradas.

+ Confira aqui o estudo completo.