Disputa judicial ganha novos capítulos com depoimento da atriz contra o ex-marido
Amber Heard afirmou em depoimento em um tribunal da Virgínia, nos Estados Unidos, na segunda-feira, 16, que o processo por difamação movido pelo ex-marido Johnny Depp contra ela é uma “tortura”.
Em mais um capítulo da disputa judicial, a atriz declarou em seu testemunho que só quer que o ex-companheiro a deixe em paz para que ela possa seguir em frente após todo o suposto abuso — o que a ação multimilionária não permite.
Ela ainda foi questionada pelo júri sobre a promessa de doar US$ 7 milhões, o equivalente a R$ 35,5 milhões, obtidos a partir do acordo de divórcio com Depp para instituições de caridade, o que ainda não aconteceu.
Heard reconheceu que não havia doado todo o valor, explicando que estava destinando o montante para responder ao processo por difamação movido pelo ex-esposo contra ela. “Não consegui honrar esses compromissos até porque fui processada", afirmou.
No depoimento, a artista também afirmou que a decisão de pedir o divórcio em maio de 2016 veio porque a violência havia se tornado “normal” para Johnny, o que a fazia ter medo pela própria vida, como reportou o F5.
"Eu tive que desistir", relatou. "Eu sabia que se não fizesse isso, não sobreviveria. Eu estava com tanto medo que pensei que ia acabar muito mal para mim", acrescentando que tudo piorava quando ele bebia.
"O monstro era aquela coisa que agora era normal e não a exceção. A violência agora era normal", completou. Segundo ela, não foi possível reduzir o uso de drogas e álcool, o que colaborava para as situações em que ele se tornava física e sexualmente “um monstro” abusivo.