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Notícias / Papa Francisco

Papa Francisco: médico cogitou interromper tratamento para deixar pontífice morrer

Médico que cuidou do papa Francisco durante sua internação em Roma revelou que o líder religioso correu sérios riscos de morrer

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 25/03/2025, às 09h58

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Papa Francisco em primeira aparição após alta médica - Getty Images
Papa Francisco em primeira aparição após alta médica - Getty Images

O médico Sergio Alfieri revelou que o papa Francisco, de 88 anos, correu sérios riscos de morrer durante sua internação em um hospital de Roma. Em entrevista ao Corriere Della Sera, Alfieri afirmou que, diante da gravidade da situação, a equipe chegou a considerar interromper o tratamento para permitir que o pontífice partisse em paz. No entanto, apesar da condição crítica, Francisco permaneceu consciente durante toda a hospitalização.

"Estávamos todos cientes de que a situação tinha piorado e de que havia risco de ele não resistir", declarou o médico, segundo informações do portal de notícias UOL. O papa passou 38 dias internado devido a uma crise respiratória, enfrentando momentos de grande fragilidade.

A decisão de continuar com os cuidados foi impulsionada pelo enfermeiro Massimiliano Strappetti, que insistiu para que a equipe não desistisse. "Tente de tudo, não desista", teria dito Strappetti, segundo Alfieri. O tratamento foi delicado, pois havia o risco de danos aos rins e à medula óssea, mas, com o tempo, o organismo do pontífice respondeu aos medicamentos, e a infecção pulmonar começou a regredir.

Momento crítico

Mesmo após a primeira melhora, Francisco enfrentou um novo momento crítico ao aspirar o próprio vômito durante uma crise. "Foi terrível", relembrou Alfieri. O papa também tinha consciência dos rumores sobre sua morte e, segundo o médico, reagiu com sua "ironia habitual".

Para Alfieri, um dos momentos mais marcantes da internação foi quando Francisco deixou o quarto onde estava internado. "Foi a emoção de ver o homem se tornando papa de novo", afirmou.

"Tivemos que escolher se pararíamos por ali e o deixaríamos ir, ou se iríamos em frente e o forçaríamos com todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o maior risco de danificar seus outros órgãos", concluiu o médico, de acordo com a fonte.