Americano matou 23 pessoas e feriu outras 22 em um ataque contra latinos em um Walmart do Texas no ano de 2019
Promotores removeram a pena de morte para o homem que matou 23 pessoas e feriu outras 22 em um ataque contra latinos em um Walmart do Texas em 2019, permitindo assim que ele se declarasse culpado em troca de prisão perpétua.
James Montoya, promotor distrital de El Paso, afirmou em coletiva de imprensa que tomou essa decisão após consultar os familiares das vítimas, a maioria dos quais queria encerrar o caso rapidamente.
Com isso, o atirador Patrick Crusius pode aceitar uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em audiência marcada para 21 de abril, evitando assim a execução por injeção letal. Desde 1982, o Texas lidera as execuções nos Estados Unidos, com 593 prisioneiros mortos, segundo o Centro de Informações sobre Pena de Morte. As informações são da agência de notícias Reuters.
Crusius, que tem hoje 26 anos, já havia se declarado culpado de 90 acusações federais relacionadas a crimes de ódio e uso de armas no ataque de 3 de agosto de 2019. Ele foi condenado a 90 sentenças consecutivas de prisão perpétua. Os promotores federais informaram que ele admitiu ter escolhido as vítimas por sua origem hispânica e desejava matar todos os que alvejasse. A defesa alegou no tribunal que ele agiu influenciado por uma doença mental.
Montoya, o quarto promotor a assumir o caso, declarou que, embora apoie a pena de morte, decidiu avançar com o acordo devido aos sucessivos atrasos no processo antes de sua chegada ao cargo em janeiro.
"Trata-se de permitir que as famílias das 23 vítimas que perderam suas vidas naquele dia horrível — e os 22 feridos — finalmente tenham uma solução em nosso sistema judicial", afirmou Montoya em comunicado. Ele destacou que consultou os familiares antes de decidir e que havia um "forte consenso" a favor de uma solução rápida, mesmo sem a pena de morte.
