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Notícias / Arqueologia

Paleontólogo encontra cálculo estomacal de 150 milhões de anos no Reino Unido

Descoberta revela o fóssil mais antigo do tipo, indicando origem biológica e possível ligação com répteis marinhos do período Jurássico

Redação Publicado em 11/07/2023, às 14h38

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Imagem do cálculo estomacal de mais de 150 milhões de anos - Divulgação/Universidade de Reading/The Etches Collection
Imagem do cálculo estomacal de mais de 150 milhões de anos - Divulgação/Universidade de Reading/The Etches Collection

Em Kimmeridge, no Reino Unido, uma pedra estomacal de 150 milhões de anos foi encontrada, segundo a revista Proceeding of Geologists Association. Considerado o cálculo mais antigo já descoberto, a pedra, que tem o formato semelhante a um punho, é aproximadamente 59 milhões de anos mais velha do que outras descobertas feitas até então, conforme repercutido pelo site Galileu. 

Investigações

O paleontólogo, Steve Etches, localizou o espécime na Costa Jurássica e, com a colaboração de outros pesquisadores, analisou a composição. O estudo detalhado descartou as chances de o exemplar ter sido constituído através de processos geológicos, confirmando sua origem biológica. 

A disposição interna da pedra era semelhante à de um cálculo gastrointestinal, concebidas naturalmente por acúmulo de minerais em certas circunstâncias dietéticas ou ambientais. Embora esses cálculos já tenham sido descobertos em múmias egípcias, sua ocorrência em fósseis é considerada mais rara.

Nigel Larkin, que conduziu as buscas, afirmou à mídia: 

“A menos que as pedras estomacais sejam realmente encontradas preservadas dentro de um esqueleto, é quase impossível dizer em que tipo de animal elas se formaram. Por essa pedra ser grande e ter sido encontrada em argila do período Jurássico Superior, podemos imaginar que o cálculo se formou dentro de um grande réptil marinho, como um ictiossauro, plesiossauro, pliossauro ou crocodiliano", explicou Larkin.

Essa descoberta se junta à múltipla coleção de fósseis encontrados nas falésias de Kimmeridgian, bem como ao acervo de registros fósseis. Com isso, a presença dessa pedra atesta que esse fenômeno biológico ocorria em paleoambientes marinhos, e não somente em ambientes terrestres.