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Notícias / Arqueologia

Construção maia é encontrada em cidade mexicana com 1,5 mil anos

Construções pré-hispânicas foram descobertas durante a construção da linha turística, Trem Maia

Redação Publicado em 21/09/2023, às 14h59

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Imagem da estrutura que se assemelha a um palácio - Diculgação/Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH)
Imagem da estrutura que se assemelha a um palácio - Diculgação/Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH)

No dia 7 de setembro, o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México anunciou a descoberta de duas estruturas pré-hispânicas, entre elas uma que se assemelha a um palácio. As construções estão localizadas na cidade maia de Kabah, presente na Península de Yucatán.

As estruturas foram descobertas em um local que possui aproximadamente 1.500  anos, por trabalhadores da linha turística Trem Maia, acusada de descumprir normas ambientais, conforme repercutido pela Revista Galileu. 

Os achados foram divulgados pelo diretor-geral do INAH, Diego Prieto Hernández, em meio ao encontro matinal do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Na conferência, o porta-voz do instituto esclareceu o desenvolvimento do Programa de Melhoramento de Zonas Arqueológicas (Promeza), realizado em parceria com o ministério da cultura mexicano.

Hernández afirmou que a presença dos complexos não foi uma surpresa, mas que se encontravam cobertos pela natureza da região. 

Agora, sua pesquisa e consolidação permitirão ampliar o circuito de visitas na cidade pré-hispânica e proporcionarão um maior conhecimento dos antigos habitantes de Kabah”, declarou o diretor-geral.
Imagem aérea do local onde as estruturas pré-hispânicas foram encontradas - Divulgação/Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH)

Casarão

O edifício que se assemelha a um palácio possui 26 metros de extensão e uma entrada constituída por oito pilastras e nove vãos. O local é adornado com pássaros esculpidos, miçangas e penas. Os arqueólogos também se depararam com pedaços de cerâmicas da região de Petenera, como vasos e tigelas de uso diário.  

Lourdes Toscano Hernández, uma das especialistas em arqueologia do INAH que liderou a expedição, afirmou que o palácio e a outra estrutura serviam de habitações para a elite da época, que passavam o seu cotidiano no local. 

Segundo repercutiu o portal Live Science, uma linhagem de governantes da cidade maia teria morado no local, embora seus nomes sejam desconhecidos. Hernández também esclareceu que os adornos de pássaros, contas e penas simbolizam a relação entre este grupo privilegiado e os deuses maias. Também estima-se que o primeiro líder de Kabah morou no local. 

A data de construção dos edifícios continua desconhecida, mas a cidade onde eles se encontram foi fundada entre 250 e 500 d.C. por moradores de Petén, localizada entre a Guatemala e Belize.