Chamado de "ouro líquido", o leite materno ficou popular entre o fisiculturismo atraindo altas quantias
Na Inglaterra, mulheres que deram à luz a pouco tempo estão vendendo seu leite materno online e arrecadando até £ 76 euros o litro (cerca de aproximadamente R$ 420 o litro). A reputação que o leite materno atraiu na internet é de um superalimento para o fisiculturismo.
Dezenas de adeptos estão aderindo à prática e o leite materno recebeu até mesmo o nome de "ouro líquido". No entanto, especialistas e cientistas, como repercutido pelo O Globo, afirmam que não é recomendável que adultos o bebam.
Isso se deve ao fato de que o líquido pode ser adulterado ou armazenado incorretamente, além de transmitir doenças como DSTs. Composto de 88% água, o restante do leite materno fornece ao bebê, o que ele precisa para crescer, como carboidratos, gorduras, proteínas e minerais.
Muitas pessoas passaram a acreditar que se o leite materno ajuda os bebês a ganharem massa rapidamente, poderia ajudar os adultos também. Por isso o leite atraiu a reputação de superalimento para o fisiculturismo.
Outras pessoas também alegaram tomar o leite para se verem livres do câncer. Essa alegação é baseada em alguns estudos preliminares que sugerem que algumas células cancerígenas poderiam ser mortas por um tipo de proteína presente no líquido.
Os especialistas afirmam não haver estudos que comprovem a eficácia do leite materno no auxílio ao crescimento de músculos para homens. Ao contrário disso, o leite materno é pobre em proteínas, rico em gordura e contém grandes quantidades de lactose que muitas pessoas não conseguem digerir, sendo um suplemento ruim para o fisiculturismo.
As mulheres podem doar seus leites excedentes para mães que lutam para produzir o suficiente para seus filhos ou para bebês cujas mães morreram, através dos bancos de leite materno oficiais do sistema de saúde do Reino Unido (NHS).
Esses bancos existem há anos e são seguros, já que essas mães realizam exames de saúde rotineiros a fim de garantir que não são portadoras de nenhuma dessas doenças. De acordo com os especialistas, não podem ser garantidas por àqueles que vendem os produtos online, nenhuma das atitudes que previnem à saúde da mãe e do bebê.