Menem foi o presidente que ocupou o cargo no país por mais tempo de maneira ininterrupta: de 1989 até 1999
Morreu na manhã de ontem, 14, o ex-presidente argentino Carlos Menem, aos 90 anos de idade. De acordo com a mídia local, o atual senador pela província de La Rioja estava internado em uma clínica em Buenos Aires, a capital do país.
O jornal Clarín noticiou que, segundo a equipe de Menem, o estado de saúde do ex-presidente se complicou poucas horas antes do óbito ser confirmado. Ele estava internado em decorrência de uma infecção urinária.
Carlos também sofria de problemas cardíacos, motivo pelo qual ele teve de passar por algumas internações no ano passado. Em junho de 2020, de acordo com o La Nación, Menem foi diagnosticado com uma pneumonia severa, que foi agravada por seu problema de diabetes. Assim, desde então, seu estado de saúde passou a se deteriorar cada vez mais.
O corpo do ex-presidente será velado no Senado argentino e, posteriormente, enterrado no Cemitério Islâmico de San Justo, na capital do país. Segundo sua filha, Zulemita Menem, o corpo do pai será sepultado junto ao do irmão, Carlos Jr., que faleceu em 1995.
Carlos Menem foi o presidente argentino que ficou mais tempo no cargo de maneira ininterrupta: de 1989 até 1999. Seu governo foi marcado por um intenso processo de privatização de empresas públicas, além de uma grande abertura comercial.
O político também teve uma vida marcada por denúncias de corrupção, o que o levou até os tribunais nos últimos anos, quando já exercia a função de senador, cargo que ocupa desde 2005.
Sua última tentativa de voltar a presidência do país foi em 2003, quando disputou com Néstor Kirchner. Apesar de sua vitória no primeiro turno das eleições, Menem acabou desistindo no segundo.