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Notícias / Arqueologia

À moda da casa: em 1984, um bisão morto há 50 mil anos virou jantar de paleontólogos

No Alasca, o cientista Dale Guthrie preparou a carne com cenoura, batata, alho e cebola para experimentar um pedacinho da história

Vinícius Buono Publicado em 04/01/2020, às 08h00

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O bisão Blue Babe em exposição - Crédito: Reprodução
O bisão Blue Babe em exposição - Crédito: Reprodução

Há mais de 30 anos, em 1984, um grupo de pessoas se reuniu para um jantar um tanto quanto peculiar numa residência do Alasca. O motivo do encontro? O paleontólogo Dale Guthrie resolveu fazer um guisado utilizando carne de um bisão morto há 50 mil anos.

Apelidado de Blue Babe (ou Bebê Azul, em tradução livre), o animal foi encontrado por mineiros no final da década de 70. Inicialmente, pensava-se que ele tinha morrido há 36 mil anos, porém testes mais recentes indicaram a data com mais precisão. Marcas de garras e dentes indicam que ele provavelmente foi morto pelo Leão-Americano, um parente extinto do leão moderno que habitava uma boa porção da América do Norte.

O bisão provavelmente faleceu durante o inverno, e, por isso, seu corpo congelou de forma rápida. Isso preservou a carne praticamente intacta em alguns pontos. Foi aí que, inspirado em histórias de pesquisadores russos que já tinham feito o mesmo, Guthrie teve a ideia de comer uma parte do bicho.

Para tanto, ele removeu uma parte do pescoço, que era a mais fresca. O cheiro, segundo o paleontólogo, era aprazível: carne fresca com um leve toque de terra e cogumelos.

Não seria possível fazer bifes usando aquela carne, então, foram adicionados muita cenoura, batata, alho e cebola. Guthrie, que também era caçador, disse certa vez que comia carne congelada o tempo todo e não teve medo de ficar doente.

Se ficou bom? Aí já é outra história. De acordo com o paleontólogo, estava gostoso o suficiente para que todos fizessem uma boa refeição, mas ele não se lembra de ninguém ter repetido o prato. Pelo menos todos sobreviveram e o Blue Babe foi mandado para ser exposto no Museu do Norte da Universidade do Alasca, onde está até hoje.


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