Milton Ribeiro disse no passado que "alunos deficientes atrapalham os demais", fala bastante criticada nas redes sociais
Milton Ribeiro, o Ministro da Educação se desculpou nesta quinta-feira, 16, por uma fala sua que despertou controvérsia no último mês, conforme divulgado pela Agência Senado. O episódio se deu durante uma audiência da Comissão de Educação do Senado.
O político disse durante uma entrevista em agosto que 12% dos alunos deficientes não deveriam dividir a sala de aula com os outros, porque "atrapalhariam" os demais.
Minhas palavras não foram adequadas. Não representa meu pensamento. Quero reiterar meu sincero pedido de desculpas a todos que de alguma forma se sentiram ofendidos. O ministro da Educação não é essa pessoa que foi pintada. [...] Esse foi meu grande erro", admitiu ele.
Milton também apontou que o MEC investiu meio bilhão de reais em acessibilidade durante o ano de 2021, a fim de tornar o ensino público mais bem preparado para acomodar alunos com deficiência. Por fim, ele reiterou que o Ministério da Educação acredita que o sistema educacional brasileiro deve ser "inclusivo".
Ao mesmo tempo que alguns senadores reagiram de forma positiva ao fato do ministro ter reconhecido seu erro, outros frisaram a importância de ações:
"O senhor não deve pedir desculpas apenas a quem se sente ofendido, mas a todos. A sociedade brasileira merece um pedido de desculpas, mas com medidas de inclusão, com ação. [...] A escola tem que ser inclusiva, plural. Os atos falam mais do que palavras", pontuou Fabiano Contarato (Rede).
No último dia 17 de agosto, Ribeiro já havia abordado a afirmação polêmica, alegando que fora tirado de contexto e explicando o que de fato queria dizer.
"O 'inclusivismo', que foi política do governo anterior, pega a criança e joga ela na sala de aula sem nenhum preparo, capacitação e ambiente para receber essas crianças. Temos algumas crianças com grau de autismo severo que ela cria dificuldades para ela e para as outras", disse ele na época, conforme repercutido pelo site Aventuras na História.