O jovem assumiu a culpa pelos crimes ocorridos em uma escola
Em Michigan, nos EUA, um caso que chocou o país teve desdobramentos na última segunda-feira, 14. Isso porque o Ministério Público local quer a prisão perpétua, excluindo a possibilidade de liberdade condicional, de um adolescente de 16 anos responsável pela morte de quatro colegas numa escola.
"Uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional é apropriada neste caso", disse Marc Keast, atual promotor assistente do condado de Oakland.
Ethan Crumbley, que tem 16 anos de idade, assumiu a culpa por assassinar os quatro colegas em novembro de 2021. Ele assumiu a culpa de 24 acusações, conforme repercutido pela Associeted Press. Agora, espera o julgamento, que começará em fevereiro.
A solicitação do Ministério Público encara um obstáculo, afinal, uma lei estadual possibilita que a prisão de adolescentes tenham a liberdade condicional após uma sentença mínima avaliada em 25 anos.
Apesar do pedido, uma lei estadual permite que penas de prisão para adolescentes incluam a possibilidade de liberdade condicional após uma sentença mínima de 25 anos.
O crime foi cometido quando Crumbley tinha 15 anos. Ao iniciar momentos de terror da Oxford High School, ele tirou a vida de quatro alunos, além de deixar outros seis colegas e um professor feridos. Os crimes também resultaram na prisão de Jennifer Crumbley e James, pais do adolescente, ao serem acusados de homicídio involuntário.
O jovem disse que a arma usada nos crimes, uma pistola Sig Sauer 9mm, foi adquirida pelo próprio pai para ele. O autor dos assassinatos também disse que a arma não estava armazenada em um local seguro em casa.
No dia do crime, um dos professores do jovem se deparou com um desenho feito por Ethan. Era o desenho de uma arma que apontava para as palavras: 'Os pensamentos não param. Ajude-me". Já outro registro feito pelo adolescente, mostrava uma bala acompanhada da frase: 'Sangue por toda parte'.
Os pais do garoto foram chamados, todavia, optaram por não levar o filho para casa. O que se viu depois foi Ethan matando os colegas de classe e ferindo outros.
"Os Crumbleys sustentam que não tinham nenhuma razão para acreditar que o atirador tinha problemas de saúde mental que exigiriam tratamento", afirmou a defesa da família. "Eles admitem que seu filho estava triste com a perda de seu cachorro, sua avó e um amigo que havia se mudado recentemente."