A promotoria não processou nenhum oficial pelo massacre, que deixou 14 pessoas mortas, há 48 anos
No domingo de janeiro de 1972, na cidade de Derry, Irlanda do Norte, um confronto brutal aconteceu entre manifestantes católicos e protestantes e o exército da Inglaterra. Na ocasião, os ativistas tomaram as ruas contra ações da polícia, entre a prisão de pessoas sem julgamento prévio e desigualdade religiosa na região. Com 14 pessoas mortas, o trágico dia ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Agora, quase 50 anos depois, o Ministério Público da Irlanda do Norte optou por não processar soldados que estavam envolvidos no massacre. Os oficiais atiraram contra 13 manifestantes desarmados, sendo que alguns deles forma executados pelas costas, e outro morreu devido a graves ferimentos.
Apesar de um inquérito ter concluído que os protestantes eram inocentes no caso, nenhum responsável tinha sido indiciado, até o momento. “Eu concluí que a evidência disponível é insuficiente para um prospecto razoável de condenação de qualquer um dos 15 soldados”, disse Marianne O'Kane, assistente da promotoria.
A família das vítimas, quem vêm lutando por anos, para que a justiça seja feita, não ficaram satisfeitas com a dissolução da investigação. A promotoria, no entanto, ainda pode acusar um soldado — chamado de F —, por dois homicídios, mas por enquanto nada foi apresentado à Corte Suprema do país.