De acordo com o Instituto Nacional de Antropologia e História do México: "Elas representam as minas de ocre mais antigas de que se tem notícia nas Américas"
Vestígios de minas de ocre, de cerca de 12 mil anos, foram descobertos em um complexo de cavernas subaquáticas na península de Yucatán, no sudoeste do México. "Elas representam as minas de ocre mais antigas de que se tem notícia nas Américas", segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH).
O acesso ao local fica cerca de 10 quilômetros adentro das famosas praias do caribe mexicano. Lá, mergulhadores do Centro Pesquisador do Sistema Aquífero de Quintana Roo (CINDAQ), organização privada que fez a descoberta, acharam uma paisagem subterrânea que foi alterada de forma não natural, o que indica que outros grupos de pessoas habitaram o espaço há milhares de anos.
"A paisagem nesta caverna foi notavelmente alterada, o que nos leva a pensar que seres humanos pré-históricos extraíram toneladas de ocre dela, talvez vendo a necessidade de acender fogueiras para iluminar seu espaço", disse Fred Devos, co-diretor da CINDAQ.
Segundo o estudo, publicado na revista Science Advances, as cavernas subaquáticas já estiveram secas no passado, mas foram inundadas há cerca de 8 mil anos, o que criou condições ideais para preservar as marcas da atividade humana no espaço.
Segundo a pesquisa, a atividade de mineração englobou um período de 2 mil anos entre 12 mil e 10 mil anos atrás. "Isto foi 8 mil anos antes do estabelecimento da cultura maia, pela qual a região é bem conhecida", disseram os pesquisadores.