Esta é a primeira manifestação durante premiação das Olimpíadas
Antes do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Comitê Olímpico anunciou que não permitiria que atletas se manifestassem politicamente durante as cerimônias da competição ou até mesmo durante a entrega de medalhas. Entretanto, protestos mais brandos seriam permitidos.
E o primeiro deles aconteceu nesse final de semana, quando a norte-americana Raven Saunders, atleta do arremesso de peso feminino dos EUA, recebeu a medalha de prata. Conhecida como “Mulher Hulk”, a esportista, que é lésbica, cruzou os punhos sobre a cabeça ao subir no pódio, informou o G1.
De acordo com Raven, o gesto seria para mostrar a maneira que os oprimidos são tratados dentro e fora do esporte, com o “x” sendo o destino comum onde eles se encontram.
“Grito para todos os meus negros. Grito para toda a minha comunidade LGBTQ. Grito para todos os meus funcionários que lidam com saúde mental. Para mostrar aos mais jovens que não importa em quantas caixas eles tentem encaixar você, você pode ser você e pode aceitar isso. As pessoas tentaram me dizer para não fazer tatuagens e piercings e tudo isso. Mas olhe para mim agora, e estou brilhando”, declarou.
O Comitê Olímpico ainda não se manifestou sobre o gesto. Segundo o site Outsports, Saunders é uma entre as cerca de 180 atletas LGBTQIA+ que disputam o Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.