Descoberta foi feita por dois homens que moravam na região da descoberta, e datam de 4 mil anos atrás
Na comuna de Valdeblore, na França, mais de uma centena de pinturas rupestres de aproximadamente 4 mil anos foram descobertas por dois homens que moram nas redondezas. De acordo com Claude Salicis, presidente do Instituto de Pré-História e Arqueologia dos Alpes Mediterrâneos (IPAAM), as pinturas são do período Neolítico e são um achado "importante".
As 120 telas, por sua vez, representam guerreiros e "cenas de combate, caos ou funerais", descreve Salicis à AFP. Segundo ele, elas teriam sido feitas durante o "final do Neolítico e início da Idade do Bronze", cerca de 2 mil anos antes da era cristã, tendo sido encontradas em abrigos rochosos de uma falésia habilitada para escalada, conforme repercutido pelo portal GZH.
O novo sítio arqueológico descoberto em Valdeblore, no sudeste da França, é "uma descoberta importante na região, pois apenas duas pinturas desse tipo foram identificadas até agora", explica Salicis. "Agora, o desafio é classificar essas pinturas e assim poder protegê-las", completa ele.
A impressionante descoberta foi feita no verão de 2022 por dois homens — o ex-vice-campeão europeu de judô que se diz "apaixonado por história e arqueologia", Marcel Pietri, de 64 anos, e seu filho — que vivem perto do paredão de rochas onde estava o tesouro do passado.
Eu e meu filho costumamos caminhar por essas montanhas e muitas vezes já passamos em frente ao penhasco, sem ver as pinturas", disse Marcel Pietri à AFP. "Num dia de verão, meu filho decidiu gravar o penhasco com um drone. Foi quando vimos a primeira pintura e depois outras."