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Notícias / Arqueologia

Macapá: Cerâmicas indígenas de mil anos são reveladas

Artefatos anteriores à colonização foram encontrados em um sítio arqueológico da região

Isabela Barreiros Publicado em 06/12/2021, às 14h37

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Cerâmica indígena encontrada em Macapá - Divulgação/Iepa
Cerâmica indígena encontrada em Macapá - Divulgação/Iepa

Artefatos indígenas feitos de cerâmica de pelo menos mil anos estão sendo revelados em um sítio arqueológico localizado na zona sul de Macapá, capital do Amapá, em um trabalho do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (Iepa).

As peças datam de um período anterior à exploração da região pelos colonizadores e mostram os costumes dos habitantes que povoaram a Amazônia há séculos. As informações são do portal g1.

Sítio arqueológico em que foram reveladas as cerâmicas / Crédito: Divulgação/Iepa

É possível que o local, que foi descoberto em 2016 e vem sendo escavado pelos pesquisadores desde então, tenha sido uma aldeia indígena no passado, explicou o arqueólogo Bruno Barreto, que está envolvido no projeto.

"Temos estruturas de descartes com bastante material cerâmico quebrado e conforme as escavações forem prosseguindo, vamos entender um pouco melhor do layout da aldeia, das casas e da relação disso com as estruturas de cerâmicas encontradas no entorno", contou.

A partir da identificação das peças e com o avanço das escavações, será possível entender o modo de vida dos habitantes da região e datar o período em que essas pessoas estiveram ali.

Arqueólogos examinando as descobertas / Crédito: Divulgação/Iepa

"A gente encontrou bastante cerâmica que é classificada pelos arqueólogos como 'fase Mazagão'. Essa cerâmica tem datas desde a transição do ano 1000 até mais ou menos ao período da conquista europeia[em 1500]", completou.

A expectativa é que a análise dos artefatos encontrados no sítio arqueológico seja realizada com a ajuda de especialistas de outras regiões do país. Essa também é uma fase mais demorada, como detalhou o gerente do Núcleo de Pesquisa Arqueológica do Iepa, Lúcio Costa Leite.

Área em que as peças foram reveladas / Crédito: Divulgação/Iepa

"A etapa da análise é a mais demorada, onde a gente ao ver o material, começamos a fazer as perguntas de pesquisa para entender a tecnologia de confecção desse material, qual relação deles com outros materiais encontrados aqui no Amapá e questões relacionadas a datações”, disse. “Selecionamos algumas amostras e que são enviadas para fora do estado, onde a gente recebe esses dados com o resultado".