Michail Chkhikvishvili, seria líder de grupo extremista neonazista, teria começado a planejar um "evento com muitas vítimas" em Nova York na véspera de Ano Novo
Líder de um grupo extremista neonazista, Michail Chkhikvishvili, um homem de 21 anos da República da Geórgia, é acusado de planejar que um membro do seu grupo se vestisse de Papai Noel para distribuir doces envenenados para crianças judias na cidade de Nova York.
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Na última terça-feira, 16, os promotores disseram que os planos de Chkhikvishvili são voltados para semear o terror na cidade. Agora, o sujeito responde a quatro acusações, incluindo incitação de crimes de ódio e atos de violência em massa, segundo o departamento de justiça dos EUA.
Michail Chkhikvishvili, que tem vários apelidos, incluindo Comandante Butcher, seria líder do grupo extremista neonazista apelidado de Maniacs Murder Cult — um grupo internacional que adere a uma "ideologia aceleracionista neonazista e promove a violência e atos violentos contra minorias raciais, a comunidade judaica e outros grupos que considera 'indesejáveis'", explicaram os promotores, segundo repercutido pelo The Guardian.
O objetivo do Maniacs Murder Cult é perturbar a ordem social e os governos por meio do terrorismo e de atos violentos que promovam o medo e o caos, dizem as autoridades através de comunicado.
Conforme noticiado pelo The Independent, Chkhikvishvili foi preso após tentar recrutar um policial disfarçado para se juntar ao seu grupo e cometer crimes violentos. Ele planejava organizar atentados a bomba e incêndios criminosos, revelaram documentos judiciais.
Em novembro de 2023, Michail Chkhikvishvili teria começado a planejar um "evento com muitas vítimas" em Nova York na véspera de Ano Novo, disseram os promotores em nota.
O esquema envolvia um indivíduo se vestindo de Papai Noel e distribuindo doces com veneno para minorias raciais e crianças em escolas judaicas no Brooklyn", detalha o comunicado do departamento de justiça.
Ele "elaborou instruções passo a passo para executar o esquema" e compartilhou com o policial disfarçado "manuais detalhados sobre como criar e misturar venenos e gases letais", prossegue a nota.
A promotoria ainda relatou que, desde setembro de 2021, o suposto líder do grupo extremista neonazista distribuía um manifesto intitulado 'Manual do Odiador', no qual ele afirma que "assassinou pela raça branca" e encoraja outros a fazerem o mesmo.
"Por exemplo, e entre outras coisas, o manual encoraja seus leitores a cometer tiroteios em escolas e a usar crianças para perpetrar atentados suicidas e outros assassinatos em massa contra minorias raciais", disse o comunicado do departamento de justiça, conforme relatado pelo Guardian.
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"O documento descreve métodos e estratégias para cometer 'ataques terroristas' em massa, incluindo, por exemplo, usar veículos para atingir 'grandes festivais ao ar livre, convenções, celebrações e desfiles' e 'ruas congestionadas de pedestres'. Ele encoraja especificamente cometer ataques dentro dos Estados Unidos", segue a nota.
Caso seja condenado, Michail Chkhikvishvili pode pegar pena máxima de 20 anos de prisão por incitação de crimes violentos, cinco anos por conspiração para cometer crimes violentos, 20 anos por distribuir informações relativas à fabricação e uso de dispositivos explosivos, e cinco anos por transmitir comunicação ameaçadora.
