Defesa do ator havia feito pedido para rejeitar ação em que ele é acusado de difamação pela ex-esposa
O pedido de rejeição ao processo em que Johnny Depp é acusado de difamação pela ex-esposa, Amber Heard, feito pela defesa do ator foi rejeitado pela Justiça dos Estados Unidos. Os dois atualmente se processam por difamação.
A ação de US$ 100 milhões, o equivalente a R$ 481 milhões, alega que o artista foi responsável por uma campanha para desacreditar da sua história sobre o relacionamento entre os dois, afirmando que ele contou versões “falsas” e “farsas” sobre o caso.
A defesa de Heard também justificou o processo ao alegar que as declarações de Depp contra a cliente prejudicaram a carreira e reputação dela. A atriz quase perdeu o papel na sequência de “Aquaman” e teve inúmeras cenas cortadas.
O advogado de Depp, Ben Chew, pediu o arquivamento do processo de Heard sob a ausência dos jurados, afirmando que a contestação da ex-companheira do ator não poderia estar diretamente ligada ao fato de ele ter “autorizado” ou “participado” deles próprios.
Tratam-se de três declarações públicas feitas pelo advogado do artista, Adam Waldman, em 2020. Segundo Chew, Waldman acreditava que suas falas, consideradas como “farsa”, eram verdadeiras após investigação sobre o caso.
O advogado participou do caso como testemunha, invocando o privilégio advogado-cliente de confidencialidade em grande parte dos questionamentos, além de ter negado ter feito os comentários em questão, segundo repercutiu o portal F5.
Para o advogado da atriz, Ben Rottenborn, a argumentação não é suficiente para rejeitar o contra-processo, já que não há base para tal. "As evidências mostram que não apenas o Sr. Waldman era o agente do Sr. Depp, mas que os dois conspiraram para acusar falsamente Amber de criar uma farsa e falsificar evidências que eles acreditam apoiar sua teoria e o que eles queriam alcançar”, afirmou.
"O júri pode inferir que o Sr. Waldman fez essas declarações específicas a um terceiro para servir o autor [Depp] ao retratar o réu [Heard] como um litigante oposto sob uma luz negativa”, concluiu a juíza Penney Azcarate, rejeitando a moção para arquivar o processo movido por Heard.