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Notícias / Arqueologia

‘Joias’ feitas de conchas mais antigas já registradas são descobertas por arqueólogos no Marrocos

Colares e brincos encontrados em caverna são ainda as primeiras evidências de comunicação humana não verbal

Redação Publicado em 25/11/2021, às 11h02

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'Joias' encontradas em caverna no Marrocos - Divulgação/El Mehdi Sehasseh et.al/Science Advances
'Joias' encontradas em caverna no Marrocos - Divulgação/El Mehdi Sehasseh et.al/Science Advances

Arqueólogos descobriram as ‘joias’ feitas de conchas mais antigas já registradas durante escavações feitas na caverna Bizmoune, a cerca de 16 quilômetros da cidade de Essaouira, no oeste de Marrocos, entre 2014 e 2018.

Os colares e brincos têm datação estimada de 142 mil e 150 mil anos atrás e são ainda as primeiras evidências de comunicação humana não verbal, pois podem ter sido usados como forma de representar status social entre as comunidades locais.

Os achados foram analisados por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, ao longo dos últimos anos e revelaram informações importantes sobre os seres humanos daquela época.

Detalhes das contas de conchas / Créditos: Divulgação/El Mehdi Sehasseh et.al/Science Advances

As contas de conchas medem pouco mais de 1 centímetro e contam com buracos no centro. Para os cientistas, as aberturas e as marcas de desgaste sugerem que elas eram penduradas em cordas ou roupas, como repercutiu a revista Galileu. 

Os artefatos, formados por conchas de caramujos do mar, teriam servido para que os indivíduos comunicassem entre si suas identidades, ou seja, suas posições sociais na sociedade em que viviam — tudo isso por meio da simbologia da vestimenta.

A caverna no Marrocos onde a descoberta foi feita / Crédito: Divulgação/Steven L. Kuhn

"Elas [as conchas] são a ponta do iceberg para esse tipo de característica humana”, afirma Steven Kuhn, professor de antropologia e um dos autores do estudo. Ele afirma que as contas são uma “forma fossilizada de comunicação básica”.

“Elas mostram que isso estava presente até centenas de milhares de anos atrás, e que os humanos estavam interessados ​​em se comunicar com grupos maiores de pessoas do que com seus amigos e familiares próximos”, completa.

A pesquisa foi publicada no periódico Science Advances.