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Notícias / Arqueologia

Jarra de barro de 1.200 anos é encontrada com marca deixada por gato

A descoberta em Jerusalém revela um comportamento felino milenar e oferece um indício da vida cotidiana em um bairro residencial da Era Abássida

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 28/10/2024, às 15h10

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Fragmento de barro com pegada de gato - Reprodução/Mt Zion Expedition
Fragmento de barro com pegada de gato - Reprodução/Mt Zion Expedition

Uma descoberta arqueológica em Jerusalém está fazendo história ao revelar a mais antiga evidência registrada de um gato "amassando". A marca de um pequeno felino, com suas garras estendidas, foi encontrada em um fragmento de jarro datado de cerca de 1.200 anos atrás, durante escavações no Monte Sião.

A equipe de arqueólogos acredita que o gato deixou suas patinhas na cerâmica úmida enquanto o jarro secava ao sol, antes de ser levado para ser queimado em um forno. A posição das marcas sugere que o animal estava deitado na borda do recipiente, possivelmente tomando sol e ronronando, um comportamento comum em gatos que buscam conforto e segurança. A marca da pata tem 3 centímetros por 3 centímetros, enquanto a parte do braço tem 2 centímetros por 1 centímetro.

Foto
Uma ilustração da marca deixada por um gato no jarro de barro - Mt Zion Expedition

"Achamos que o gato estava amassando, em vez de apenas descansando no jarro, porque suas garras estavam estendidas e deixaram marcas profundas na superfície da argila", disse Shimon Gibson ao 'Live Science'.

Mais detalhes

A descoberta não apenas revela um comportamento felino milenar, mas também nos mostra um indício da vida cotidiana em um bairro residencial da Era Abássida. O jarro, que provavelmente era utilizado para transportar líquidos como água, vinho e azeite, foi encontrado em um local onde os arqueólogos identificaram outros objetos cerâmicos do mesmo período.

Segundo o 'Live Science', a presença de gatos em Jerusalém durante essa época não é surpreendente. Restos de felinos foram encontrados em Israel desde tempos pré-históricos, e eles tinham um significado especial na cultura islâmica, sendo mencionados em textos antigos e associados ao profeta Maomé.

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