Incêndios florestais na Coreia do Sul destruíram templo budista milenar no país; pelo menos 24 pessoas já morreram desde início do fogo
Publicado em 26/03/2025, às 13h30
Nos últimos dias, uma série de incêndios florestais vêm devastando a região sudeste da Coreia do Sul, já tendo vitimado pelo menos 24 pessoas. E entre os danos registrados, provocados pelo fogo, está a destruição de um templo budista histórico, com mais de mil anos.
Localizado na província de Uiseong, o templo Unramsa foi completamente carbonizado, depois que foi atingido pelo fogo no último sábado, 22. Imagens repercutiram nas redes sociais mostrando o fogo se aproximando, antes da destruição.
"Como este é um templo tão antigo, é lamentável e doloroso que ele tenha sido queimado. No começo, eu não esperava que o templo pegasse fogo... Levou menos de meia hora para que o fogo descesse daquela montanha e tudo virasse um mar de fogo", relatou uma fiel budista à Reuters.
1000 year old Temple consumed by wildfire
— Volcaholic 🌋 (@volcaholic1) March 23, 2025
Thousand-year-old Unramsa Temple on Cheondeungsan Mountain South Korea, was completely destroyed by a forest fire yesterday. It quickly spread due to strong winds, burning down both the main building and its outbuildings.
“Before the… pic.twitter.com/X5Bk6aTjUy
Além de Unramsa, autoridades sul-coreanas agora também se preocupam com a preservação de outro templo histórico, o Gounsa, construído durante a Dinastia Silla Unificada, no ano de 681. Ele foi atingido parcialmente pelas chamas, mas já está sendo protegido.
Na manhã da última terça-feira, 25, helicópteros sobrevoaram a região e pulverizaram retardante de fogo, conforme repercute o g1, e autoridades também cobriram uma estátua de Buda com um tecido resistente ao fogo, a fim de protegê-la das chamas em uma montanha próxima.
Todos os bens culturais importantes neste templo foram movidos para um lugar seguro. Este é um templo importante e histórico onde muitos mestres e crentes praticam e recebem conforto por mais de 1.300 anos. Tenho muito medo de que ele possa desaparecer", relatou Deungwoon, chefe de Gounsa.
Até o momento, pelo menos 24 pessoas já morreram em decorrência dos incêndios florestais, e outras mais de 27 mil foram forçadas a deixar suas residências, informou o governo coreano.