Em 2011, mãe e filha morreram intoxicadas depois de erro de farmácia de manipulação; entenda o caso!
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 24/01/2023, às 10h05 - Atualizado às 10h06
Mais de 10 anos após tragédia na cidade de Novo Cruzeiro, no interior de Minas Gerais, uma familia deve receber uma indenização no valor de R$ 200 mil de uma farmácia de manipulação, depois de duas pessoas, uma mãe e uma filha, terem morrido intoxicadas com remédio alterado, devido a falha no preparo. Conforme o UOL, não só o proprietário como também duas farmacêuticas foram condenados pelo crime.
As vítimas, uma mãe de 45 anos e uma filha de 22, morreram intoxicadas em 2011, tendo sido o caso ajuizado pelo marido e uma outra filha somente em abril de 2012. No entanto, a decisão oficial saiu apenas este ano de 2023, mais de 10 anos depois.
Segundo o UOL, em 2011 as duas vítimas foram diagnosticadas com amebíase e, para auxiliar no tratamento da doença, receberam prescrição para tomar Secnidazol. No entanto, como não tinha o remédio disponível no município de Novo Cruzeiro, o farmacêutico garantiu-lhes que encomendaria na cidade vizinha, Teófilo Otoni.
Porém, logo depois de ingerirem o medicamento, ambas as mulheres apresentaram fortes dores abdominais, acompanhadas de queimação na garganta e vômitos. Rapidamente foram hospitalizadas, mas não resistiram: embora ambas fossem saudáveis, como contam os familiares, rapidamente vieram a falecer.
Segundo a fonte, a troca realizada na farmácia de manipulação foi a responsável pela morte das vítimas. No lugar de Secnidazol 500 mg, como era o indicado pelo médico, foi encontrado Anlodipina.
Dessa forma, a juíza responsável pelo caso, Bárbara Livio, da 2ª Vara Cível de Teófilo Otoni, entendeu a participação das partes no caso, determinando que a farmácia de manipulação era responsável pela tragédia e que tinham culpa, como fornecedores, independente da intenção. Agora, os proprietários devem pagar uma indenização de R$ 200 mil à família.