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Notícias / Astronautas

Estudo indica que asteroides podem ser alimento dos astronautas no futuro

O estudo inglês sugere que bactérias podem transformar compostos de asteroides em alimento para futuras missões espaciais

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/10/2024, às 19h41

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Imagem ilustrativa de asteroides - Getty Images
Imagem ilustrativa de asteroides - Getty Images

A conquista do espaço sempre foi acompanhada de desafios complexos, e a alimentação dos astronautas é um deles. Enquanto as missões atuais se baseiam em alimentos desidratados e cultivos em ambientes controlados, um novo estudo publicado no The International Journal of Astrobiology aponta para uma solução inovadora: os asteroides.

Pesquisadores da Western University, no Canadá, demonstraram a viabilidade de utilizar bactérias para converter compostos de carbono presentes em asteroides em alimentos comestíveis. A ideia é que, em futuras missões espaciais de longa duração, os astronautas possam cultivar seus próprios alimentos a partir de recursos encontrados no espaço.

Em um experimento, os cientistas simularam o processo de decomposição de hidrocarbonetos presentes em asteroides, alimentando uma mistura de bactérias com esses compostos. A biomassa produzida pelas bactérias apresentou uma composição nutricional promissora, abrindo caminho para a possibilidade de cultivar alimentos em missões espaciais.

Para estimar o potencial alimentício de um asteroide, os pesquisadores utilizaram o meteorito Murchison como referência e realizaram cálculos considerando diferentes cenários. Os resultados indicam que um asteroide como o Bennu, visitado pela sonda OSIRIS-REx, poderia fornecer uma quantidade significativa de biomassa, capaz de alimentar diversos astronautas por um ano.

Ideia promissora

"Com base nesses resultados, essa abordagem de usar carbono em asteroides para fornecer uma fonte de alimento distribuída para humanos parece promissora, mas há áreas substanciais de trabalho futuro", afirmam os pesquisadores no estudo.

Embora os resultados sejam promissores, os cientistas ressaltam que ainda há muito trabalho a ser feito. É necessário aprofundar os estudos sobre a composição nutricional da biomassa produzida pelas bactérias e desenvolver tecnologias eficientes para a extração e processamento dos compostos orgânicos presentes nos asteroides.