Artefato, encontrado por arqueólogos no sítio neolítico de Ulucak, em Izmir, oeste da Turquia, teria sido utilizado em ritual de fertilidade
Uma estatueta de 8.000 anos foi descoberta por arqueólogos no sítio neolítico de Ulucak, em Izmir, oeste da Turquia. Este local é fundamental para o estudo do período Neolítico no leste do Mar Egeu e na Anatólia ocidental, contendo uma sequência estratigráfica contínua desde o início do 7º milênio a.C. até o início do 6º milênio a.C., além de vestígios da Idade do Bronze, períodos romano e bizantino.
As escavações em Ulucak, conduzidas desde 2009 pelo Prof. Dr. Özlem Çevik da Universidade de Trakya, revelaram vários artefatos relacionados à produção têxtil, como selos, fusos e pesos de tear, sugerindo que Ulucak pode ter sido um dos primeiros centros de produção têxtil na região do Mar Egeu.
Segundo informações do portal Heritage Daily, a descoberta mais recente é uma estatueta feminina, a sexta encontrada no local. Os pesquisadores acreditam que essas estatuetas eram usadas em cerimônias para garantir uma boa colheita ou mesmo em rituais de nascimento ou morte, sendo posteriormente descartadas.
A estatueta recém-descoberta mede pouco menos de dez centímetros de altura e foi encontrada enterrada em um poço junto a pederneiras e pedras de amolar em uma antiga habitação.
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Diferente das estatuetas anteriores, que possuem apenas olhos e narizes, essa apresenta uma grande boca com um furo, sugerindo que poderia ser usada como colar. Os arqueólogos acreditam que a estatueta possa representar uma figura de alto status na comunidade, possivelmente um contador de histórias ou historiador oral, o que justificaria o destaque dado à boca.