Novo documentário, que teve estreia no Festival de Veneza na última sexta-feira, 30, revisita o relacionamento de Yoko com o beatle John Lennon
Teve estreia no Festival de Veneza nesta sexta-feira, 30, o novo documentário "One to One: John & Yoko", dirigido por Kevin Macdonald, que revisita o relacionamento de Yoko Ono e John Lennon e mostra o One to One Benefit Concert, único show completo feito pelo músico após o fim dos Beatles.
"Enquanto eles vivem um ano de amor e transformação nos Estados Unidos, John e Yoko começam a mudar sua forma de protesto — levando ao One to One, inspirado por Geraldo Rivera", diz comunicado enviado à imprensa, de acordo com o portal Rolling Stone.
O show, ocorrido no ano de 1972 no Madison Square Garden, em Nova York, arrecadou US$ 1,5 milhão para ajudar crianças da Willowbrook State School, que fornecia apoio a pessoas com deficiência intelectual.
No longa, Yoko relembra os ataques que sofreu ao iniciar um relacionamento com o beatle. Eles se conheceram em 1966, quando o músico ainda era casado com Cynthia Powell, e permaneceram casados de 1969 até 1980, ano em que ele faleceu.
Em uma parte do longa, Ono faz um discurso na First International Feminist Conference, em 1973, onde descreve o tratamento que recebeu da sociedade após tornar público seu romance com Lennon.
Quando o casal se conheceu, ela já era uma artista conhecida. Por ser uma mulher criativa e independente, Ono acredita que o público a via como uma "v*dia", diz a fonte. Depois de se unir a Lennon, foi "promovida a bruxa", o que ela considerou "bem lisonjeante".
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"A sociedade me tratou como uma mulher que pertence a um homem que é uma das pessoas mais poderosas da nossa geração. Alguns de seus amigos mais próximos me disseram que provavelmente era melhor que eu ficasse nos bastidores, que eu deveria me calar, que eu deveria desistir do meu trabalho e, assim, serei feliz. Comecei a gaguejar porque toda a sociedade começou a me atacar, e toda a sociedade desejou a minha morte", disse Yoko.
Eu me considero uma mulher bem eloquente e atraente. E, de repente, eu estava associada a John, fui considerada feia, japonesa feia, que tirou seu monumento de vocês", prosseguiu. "Foi quando eu percebi o quão difícil é para uma mulher."
