Saurópode que viveu há 75 milhões de anos na Península Ibérica foi descoberto durante escavações para a instalação de trilhos de trem
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 06/09/2024, às 17h00
Durante as escavações para a instalação de trilhos do trem de alta velocidade entre Madrid e Levante, um dos mais importantes santuários de fósseis do período Cretáceo na Europa foi revelado. Em Lo Hueco, na Espanha, paleontólogos encontraram mais de 12 mil fósseis, incluindo uma nova espécie de dinossauro: o Qunkasaura pintiquiniestra.
Liderado pelo paleontólogo português Pedro Mocho, do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o estudo identificou essa nova espécie como parte do grupo dos saurópodes, dinossauros conhecidos por seus corpos gigantes, longos pescoços e pequenas cabeças.
Segundo o 'Correio Braziliense', a descoberta em Lo Hueco é especialmente significativa, pois revela a presença de duas linhagens distintas de saltasauroides na mesma área, algo inédito até então.
O Qunkasaura pintiquiniestra pertence a um grupo de saurópodes que chegou à Península Ibérica mais tarde que outros dinossauros, há aproximadamente 73 milhões de anos.
O nome da espécie homenageia a geografia e a cultura local: "Qunka" refere-se à antiga topografia da área de Cuenca e Fuentes, enquanto "pintiquiniestra" é uma referência à Rainha Pintiquiniestra, personagem de Don Quijote de la Mancha.
