Nos Estados Unidos, um homem que ficou conhecido como Deadpool Killer foi condenado à sentença de morte nesta quarta-feira, 28
Redação Publicado em 28/08/2024, às 12h40 - Atualizado em 31/08/2024, às 14h30
Wade Wilson, de 30 anos, chocou o público na última semana, quando não expressou qualquer emoção depois que o Juiz Nicholas R. Thompson, do Tribunal do Condado da Flórida, o condenou à pena de morte pelo assassinato de suas duas vítimas, Kristine Melton, 35, e Diane Ruiz, 43. As informações são do DailyMail.
Antes da sessão ser encerrada, um membro da equipe de defesa de Wilson informou ao juiz sobre um último pedido do réu.
Entendo que ele tem outros casos pendentes aqui e em outros lugares... mas o Sr. Wilson pediu que eu solicitasse ao tribunal, dentro da autoridade que você tem, para levá-lo ao corredor da morte o mais rápido possível", disse seu advogado, conforme o DailyMail.
Os casos mencionados são independentes do julgamento por assassinato e incluem tentativa de fuga da prisão e acusações de drogas. O resultado desses processos não afetará a sentença relacionada aos homicídios.
Wilson, que compartilha o nome com o personagem da Marvel, foi condenado pelos assassinatos de Kristine Melton e Diane Ruiz, crimes que os promotores descreveram como "assassinatos pelo prazer de matar".
O juiz informou que a corte só poderá prosseguir com os casos pendentes a partir de 16 de setembro. A data de execução ainda não foi definida.
Durante uma coletiva de imprensa após a sentença, a Procuradora Estadual Amira Fox declarou: "Estou fazendo isso há 34 anos e nunca vi alguém tão maligno quanto Wade Wilson. É chocante ver pessoas na comunidade apoiando alguém tão monstruoso."
As famílias das vítimas prometeram estar presentes na execução de Wade Wilson após anos de sofrimento.
"Não pude dizer 'eu te amo'", lamentou o pai de Diane Ruiz entre lágrimas após ouvir o veredicto, repercute o DailyMail. Ele afirmou que estará presente na execução.
Wilson foi condenado anteriormente em junho por dois homicídios em primeiro grau, crimes cometidos em 6 de outubro de 2019 em Cape Coral. Um júri votou a favor da pena de morte por 9-3 no caso de Melton e por 10-2 no caso de Ruiz. Segundo a lei da Flórida, apenas oito dos doze jurados precisam recomendar a pena capital para que ela seja considerada por um juiz.
Os promotores afirmam que Wilson iniciou sua série de assassinatos na tarde de 6 de outubro de 2019, quando conheceu Melton em um bar com música ao vivo e foi para casa com ela. No dia seguinte, estrangulou-a até a morte dentro da residência dela em Cape Coral.
No mesmo dia, Ruiz foi vista pela última vez sendo abordada por Wilson enquanto caminhava para o trabalho. Ele estava dirigindo um carro roubado da casa de Melton após tê-la assassinado. Ruiz entrou no veículo antes também ser estrangulada até a morte.
O corpo de Ruiz foi encontrado três dias depois em um campo atrás do Sam's Club. Durante o julgamento, testemunhas relataram que Wilson atropelou Ruiz repetidamente até a deixar irreconhecível.
Vídeos exibidos no tribunal mostraram Wilson sendo abordado pela polícia após receberem uma denúncia da ex-namorada dele, Melissa Montanez. Ela alegou ter sido atacada por Wilson em seu spa e teve seu carro roubado. Ele disse que não a atacou.
Wilson foi finalmente preso em 8 de outubro e permaneceu detido sem fiança antes da condenação por assassinato.
Desde então, ele adicionou várias tatuagens no rosto, incluindo suásticas e uma boca ameaçadora semelhante à do Coringa.
Ao longo do julgamento, os advogados de defesa argumentaram que Wilson estava sob efeito de drogas durante os assassinatos. Seus pais adotivos enviaram cartas ao tribunal descrevendo-o como uma criança alegre antes do vício em drogas.
Testemunhas periciais, - uma delas procurada pelo advogado de defesa, Lee Hollander -, afirmaram que as drogas poderiam ter influenciado seu comportamento naquela noite fatídica. No entanto, outro perito afirmou não ter encontrado danos no crânio ou cérebro de Wilson.
No final, o juiz concluiu: "Dado os fatos do caso, nada no histórico ou estado mental do réu sugere que a sentença de morte seja inapropriada."
