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Notícias / Arqueologia

Curiosa múmia de 3 mil anos é alvo de análises por cientistas

De acordo com novas pesquisas, o cadáver passou por um tratamento de mumificação jamais registrado anteriormente

Penélope Coelho Publicado em 06/02/2021, às 07h30

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Fotografia da múmia de 3 mil anos - Divulgação/ PLOS ONE
Fotografia da múmia de 3 mil anos - Divulgação/ PLOS ONE

De acordo com informações publicadas na última quinta-feira, 4, pela revista Galileu, uma nova pesquisa divulgada pela revista PLOS ONE, trouxe à tona novas revelações sobre uma múmia de 3 mil anos.

Segundo revelado no estudo liderado por pesquisadores australianos, a pessoa mumificada que viveu na 20ª dinastia no Egito, recebeu um tratamento diferenciado em sua mumificação, algo que ainda não havia sido documentado na literatura até então.

A múmia — que está atualmente exposta no Museu Chau Chak Wing, em Sydney, Austrália — foi descoberta inicialmente no Egito entre 1856 e 1857. Sabe-se que em 1999, o cadáver passou por uma análise que revelou que o corpo em questão era de uma mulher que viveu entre 1.200 e 1.113 a.C.

Com o uso de novas tecnologias, a múmia passou por outra revisão que revelou diversas novidades. Agora, acredita-se que a mulher mumificada tinha entre 26 e 35 anos. Além disso, seu corpo era mais novo que o caixão em que foi descoberta, o que sugere que a múmia tenha sido traficada no século 19.

Contudo, o que mais chamou a atenção foi a revelação de que o corpo mumificado estava coberto por uma espécie de ‘carapaça de lama’. De acordo com os pesquisadores, não havia registros anteriores sobre essa maneira de mumificação.

'Carapaça de lama’ descoberta em múmia egípcia / Crédito: Divulgação/ PLOS ONE

Segundo os especialistas, esse tratamento pode indicar que a pessoa em questão não fazia parte da elite no final do Novo Império do Antigo Egito. Entretanto, as hipóteses ainda estão sendo analisadas.

Sobre o Egito Antigo

O Egito Antigo atrai e fascina muita gente no Brasil e no mundo, chamando a atenção não só dos fãs de história, antenados nas últimas descobertas, mas também entre pesquisadores ao redor do globo, que sonham em participar de escavações no país e declarar incríveis descobertas. 

Corriqueiramente são encontrados novos objetos ou investigados monumentos já conhecidos, mas nunca antes abertos, o que gera imagens incríveis de olhar, interiores de túmulos, grandes painéis, pinturas épicas e uma interessante gama de objetos com mais de 3.000 anos.

Além das grandiosas obras de engenharia e arquitetura, os antigos egípcios criaram o calendário, a pasta de dentes, a operação no cérebro e até palavras que usamos no Brasil

Apesar de todo o mistério que cerca grande parte dos feitos dos antigos egípcios, algumas realizações, descobertas e hábitos daquele povo estão hoje entre nós.