O Programa Brasileiro Arqueológico no Egito divulgou recentemente novas perspectivas que surgiram como resultado do trabalho
De acordo com informações divulgadas pelo portal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), após diversas investigações no território egípcio, o Programa arqueológico brasileiro no Egito, conseguiu ‘trazer’ os antigos faraós para a modernidade.
Isso porque a pesquisa coordenada pela UFMG averigua as ocupações contemporâneas em tumbas no Egito e revela uma nova perspectiva sobre o período faraônico. Segundo descrito na publicação, o Programa Brasileiro Arqueológico no Egito (Bape, de Brazilian Archaeological Program in Egypt) apresentou recentemente os resultados do trabalho.
A pesquisa está sendo feita na Necrópole Tebana, localizada em Luxor, no Egito e revela uma nova maneira de entender o passado, reconhecendo que os patrimônios das tumbas não apresentam somente uma única realidade fixa.
De acordo com a reportagem, as antigas tumbas são vistas pelos moradores locais como espécie de ‘casa mais moderna’, o que explica a mudança na paisagem com o tempo. Agora, os especialistas entendem a região como um espaço determinado pelas relações que acontecem no local.
“Percebemos que nossa visão normativa dificultava um olhar alternativo na prática arqueológica”, revelou o coordenador da pesquisa, José Roberto Pellini. Segundo o pesquisador, essa nova visão trouxe à tona uma perspectiva diferente para a discussão.
“Quem poderia imaginar que uma tumba egípcia que atrai milhões de turistas de todo o mundo poderia ser usada para secar esterco ou criar galinhas? Essa não é a imagem que temos de uma tumba do período faraônico, nem a imagem que circula nos documentários. Mais do que oferecer esse novo ponto de vista, queremos invocar outras possíveis realidades. É uma tumba, mas também já foi uma casa”, afirma Pellini.
Sobre o Egito Antigo
O Egito Antigo atrai e fascina muita gente no Brasil e no mundo, chamando a atenção não só dos fãs de história, antenados nas últimas descobertas, mas também entre pesquisadores ao redor do globo, que sonham em participar de escavações no país e declarar incríveis descobertas.
Corriqueiramente são encontrados novos objetos ou investigados monumentos já conhecidos, mas nunca antes abertos, o que gera imagens incríveis de olhar, interiores de túmulos, grandes painéis, pinturas épicas e uma interessante gama de objetos com mais de 3.000 anos.
Além das grandiosas obras de engenharia e arquitetura, os antigos egípcios criaram o calendário, a pasta de dentes, a operação no cérebro e até palavras que usamos no Brasil
Apesar de todo o mistério que cerca grande parte dos feitos dos antigos egípcios, algumas realizações, descobertas e hábitos daquele povo estão hoje entre nós.