Incursão aérea é protesto de Pequim contra novo pacote de ajuda militar americana na ilha de Taiwan
No último domingo, 25, e nesta segunda-feira, 26, a China vem realizando o que pode ser considerada a maior mobilização aérea da história do país contra as defesas da ilha de Taiwan.
De acordo com o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular, segundo informações da Folha de S. Paulo, a ação tinha como objetivo principal alertar Taipé — capital taiwanesa — após a aprovação de um pacote com mais ajuda militar americana à ilha.
Além do mais, na última semana o presidente americano Joe Biden assinou o Ato de Resiliência Ampliada de Taiwan, um instrumento do orçamento militar que pretende, nos próximos cinco anos, auxiliar a ilha com até US$ 10 bilhões.
Segundo o Ministério de Defesa de Taiwan, de acordo com a Folha de S. Paulo, 47 aviões chineses cruzaram a chamada linha mediana, responsável por dividir, mesmo sem reconhecimento oficial, os territórios chineses e taiwaneses. Isso sem contar as aeronaves que atuaram no exercício militar, como caças J-11, Su-30, J-10 e J-16, aviões-radares, aparelhos de guerra antissubmarino e drones de reconhecimento.
Desde a posse de Joe Biden ao cargo de presidente dos Estados Unidos, substituindo então Donald Trump, a chamada Guerra Fria 2.0 começou a ganhar alguns contornos mais definidos, de forma que o governo estadunidense veio a auxiliar ainda mais Taiwan em conflitos referentes à China.
Além do mais, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia — sendo o governo de Putin um aliado chinês, e o ucraniano aliado aos Estados Unidos —, um clima de tensão fica ainda mais forte entre os demais asiáticos: os japoneses recentemente dobraram em cinco anos seu gasto militar, além de a Coreia do Sul ter colaborado com o país em combater as patrulhas sino-russas na região.