O presidente russo demonstrou sinais de negociação quase um ano após a tumultuada invasão ao país vizinho
O presidente russo Vladimir Putincomeça a demonstrar finais de encerramento dos conflitos com a Ucrânia após afirmar que a negociação de um acordo entre os países é "inevitável", durante um evento na cidade de Bishkek ocorrido na última sexta-feira, 9. A fala foi divulgada pela própria agência de notícias estatal, Tass, e repercutida pela italiana ANSA.
Mesmo com a abertura pública para a conversação com o país vizinho, Putin não voltou atrás em relação a invasão, informando que a "operação militar especial", termo usado pelo Kremlin para a intervenção no território inimigo, deveria "ter começado antes", justificando que não a ordenou por aguardar um acordo relacionado aos Protocolos de Minsk, firmados em 2015.
As falas do presidente foram registradas em evento acompanhado por apoiadores e aliados políticos, ainda sanando dúvidas sobre tratativas de guerra de forma direta. Uma delas foi uma possível troca de prisioneiros em meio a guerra, citando a jogadora de basquete e ativista Brittney Griner, e acrescentando que trata-se de uma "questão de conversas e de busca de um compromisso".
Na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, Putin ordenou a entrada do exército russo no território vizinho após semanas o rodeando com tanques e outros armamentos que atraíam os olhares do mundo. Desde então, o país foi alvo de diversas sanções, mas não voltou atrás na medida e, até o momento, não firmou acordos de cessar-fogo ou paz com Volodimir Zelensky.
