A carta pela democracia critica 'ataques infundados' ao sistema eleitoral
A carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito será lida nesta quinta-feira, 11, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O documento impressiona devido às pessoas que aderiram ao que é dito nela, a assinando em apoio ao movimento.
Isso porque um grande número de assinaturas são provenientes de militares e policiais, que são grupos que denotam o eleitorado principal que apoia o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL). Como informado pela Folha de S. Paulo, até o momento 8.281 policiais e 1.894 militares assinaram o documento em questão.
Até o momento, a carta conta com um total de mais de 930 mil assinaturas — garantidamente verídicas, conferidas com dados da Receita Federal —, como pode ser visto no site 'Estado de Direito Sempre!'. A função do mecanismo é evitar problemas que já ocorreram no passado, como quando tentaram inserir o nome de Sergio Moro sem sua permissão.
Além de policiais e militares, entre os assinantes consta um número expressivo de professores, empresários, pastores, padres, empregados domésticos e motoristas. Com isso, nota-se que o movimento não é não é de interesse apenas às classes sociais mais altas, o que faz dele uma produção mais inclusiva.
A carta pela democracia não cita diretamente o nome do atual presidente, Jair Bolsonaro. No entanto, critica fortemente, de forma geral, "ataques infundados" ao sistema eleitoral brasileiro e ao Estado de Direito regente.
Apesar disso, Bolsonaro se mostrou ofendido pelo conteúdo da carta, relatando acreditar que o texto era dirigido a ele, e por isso fazendo diversas críticas ao documento. Entre suas falas, ele alegou que a "cartinha" havia sido assinada por pessoas "sem caráter", "cara de pau" e por "empresários mamíferos".
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