Ex-governante foi morto em julho do ano passado, durante um comício
Um homem suspeito de ter assassinado o ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe foi indiciado pela Procuradoria do país nesta sexta-feira, 13. A decisão se deu após a realização de uma avaliação psicológica, a qual determinou que Tetsuya Yamagami, de 42 anos, está apto para ser julgado.
O réu foi preso na cena do crime, em julho de 2022, quando Abe foi morto a tiros durante um comício na cidade de Nara. Ele passou meses em avaliação psicológica, que foi finalizada esta semana.
De acordo com informações da AFP, Yamagami enfrenta acusações não apenas de assassinato, mas também de violação das leis de controle de armas. Caso condenado, ele pode enfrentar a pena de morte.
Segundo a agência de notícias, o acusado admitiu ser o autor do crime. Ele diz que atirou em Shinzo Abe por acreditar que o político tinha vínculos com a Igreja da Unificação. O homem desenvolveu ressentimentos pela instituição, uma vez que sua mãe teria levado a família à falência ao doar grandes quantias para a organização.
O ex-primeiro-ministro, no entanto, não era membro da Igreja, apesar de ter chegado a discursar para um grupo afiliado, como fizeram diversos outros líderes mundiais, incluindo o ex-presidente americano Donald Trump.