O político japonês foi morto a tiros no último mês de julho
Os planos para o enterro deShinzo Abe, o ex-primeiro-ministro do Japão que foi assassinado a tiros durante o último mês de julho enquanto discursava em um evento público, incluem um orçamento de 1,65 bilhão de ienes, ou o equivalente a 60 milhões de reais na cotação atual.
A despedida do político japonês ocorrerá através de um funeral de Estado, isso é, uma cerimônia oficial destinada a chefes de Estado. A população do país, todavia, não está satisfeita com os planejamentos.
Segundo pesquisas de opinião repercutidas pelo The Guardian, a maioria dos japoneses são contrários ao evento, de forma que o governo da nação asiática está sofrendo pressões para cancelá-lo.
Os posicionamentos desfavoráveis se devem em parte ao alto custo da cerimônia, e em parte por conta do suposto envolvimento de Shinzo Abe com a chamada Igreja da Unificação.
O responsável por tirar a vida do ex-premiê, Tetsuya Yamagami, um homem de 41 anos, afirmou à polícia que sua motivação para o crime foi a frustração com a organização religiosa, do qual acreditava que Abe era parte.
Conforme repercutido anteriormente pela AFP, o atirador relatou que sua mãe era devota à Igreja da Unificação, e teria mergulhado a família em problemas financeiros devido às suas frequentes e polpudas doações para a instituição ao longo dos anos.
Posteriormente ao episódio, notícias divulgadas pela imprensa japonesa mostraram que diversos membros do Estado teriam conexões com a organização. A revelação causou indignação por parte dos eleitores e acabou derrubando os índices de aprovação do governo japonês atual, ainda segundo o The Guardian.