Monique está presa desde 8 de abril, suspeita de envolvimento na morte do próprio filho e por atrapalhar as investigações do caso
De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira, 29, na coluna de Juliana Dal Piva, no portal de notícias UOL, a advogada de defesa de Monique Medeiros, Thaise Mattar Assad, falou sobre a nova versão do crime apontada pela suspeita e mãe da vítima.
Em entrevista para a colunista, Assad informou que Medeiros foi instruída a pedir para que babá de Henry Borel, Thayná Ferreira, apagasse as mensagens que comprovavam agressões de Jairinho ao menino Henry Borel, morto no último dia 8 de março.
Segundo revelado na publicação, os advogados informam que Jairinho deu as ordens para Monique, com o objetivo de que o casal apresentasse um “enredo único”.
"O que a Monique coloca para a gente a todo momento é que ela foi treinada [...] para fazer o depoimento dela e montaram um enredo único que todos deveriam aderir para que o Jairinho não fosse prejudicado. Então, todas as atitudes posteriores da Monique, sejam no sentido de agradecer quem mentiu e de interferir para que seja mantido um enredo, é justamente no sentido de cumprir essa ordem inicial", afirmou Thaise, na entrevista.
Desde que a defesa de Medeiros passou a não ser mais integrada com a do vereador, os novos advogados afirmam que a mãe de Henry havia mentido por supostamente ser intimidada por Jairinho, sendo impedida de contar o que sabia.
Em recente entrevista também para o UOL, o pai do menino Henry, Leniel Borel, comentou sobre a nova versão de Monique e afirmou que a nova fala da ex-mulher é uma “estratégia” para “tentar melhorar o caso dela”.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que orientado pela desconfiança dos médicos, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.