Para convencer os soldados a lerem o manual do tanque Tiger, oficiais alemães tomaram uma medida extrema
Como fazer um bando de jovens recém-saídos da adolescência se interessarem por um calhamaço com detalhes técnicos de um tanque?
Do mesmo jeito com que videogames, quadrinhos e animações de qualidade não necessariamente superior fazem hoje: com uma isca. O serviço ao fã. Ao lado de piadas e gírias, use amplamente de imagens eróticas.
Quando o Panzer VI Tiger entrou em serviço, em 1942, era o mais avançado em qualquer lado. Para não desperdiçar a tecnologia, o comandante Hans Christern se viu diante da necessidade de ensinar aos soldados tudo sobre o funcionamento do novo veículo, mas não havia tempo para longas aulas.
E era preciso fazer com que os garotos prestassem atenção por vontade própria. Christern, então, teve a ideia de transformar o manual em uma apostila simples e divertida.
Esta era sua ideia de diversão.
O tenente Josef von Glatter-Goetz, responsável por produzir o material, incluiu na apostila ilustrações eróticas, versos engraçados e poemas sujos.
A moça que aparece ao natural ao lado de fotos e ilustrações de motores, peças e destruição é Elvira.
Ao longo das páginas, Elvira vai desenvolvendo uma relação com um soldado alemão.
Até chegar ao final feliz.
Além de informações básicas sobre o funcionamento e a manutenção do Tiger, o manual incluía dicas importantes sobre artilharia e técnicas de direção e conservação de combustível. Com Elvira e tudo, foi aprovado pelo general Heinz Guderian, o criador da doutrina da blitzkrieg, a guerra mecanizada moderna.
Não deve ser surpresa, fez sucesso entre a tropa.