Saiba onde estão os restos mortais de Domitila de Castro, a mais famosa amante de D. Pedro I
Domitila de Castro Canto e Melo, amante do imperador D. Pedro I, foi uma das mulheres mais conhecidas da história do Brasil e também uma das figuras mais controversas. Nascida em São Paulo, no ano de 1797, ela recebeu do imperador o título de Marquesa de Santos.
Os dois se conheceram em agosto de 1822, quando Pedro ainda era príncipe regente do Brasil. À época, ele já era casado com a arquiduquesa austríaca Leopoldina de Habsburgo, o que não foi um impedimento para que iniciasse um relacionamento extra-conjugal com a paulista.
Domitila e o imperador permaneceram juntos por anos, até que este decidiu expulsá-la da corte, em 1829, uma vez que pretendia se casar com sua segunda esposa, Amélia de Leuchtenberg.
Domitila estava grávida da quinta e última criança que teve com Pedro, Maria Isabel, mas se viu obrigada a voltar para São Paulo, onde se casaria, anos depois, com o político Rafael Tobias de Aguiar.
A Marquesa de Santos faleceu em seu solar, hoje um famoso ponto turístico em São Paulo, no dia 3 de novembro de 1867, faltando menos de dois meses para completar setenta anos.
De acordo com informações do portal Museu da Cidade, ela foi vítima de enterocolite aguda, uma inflamação no trato digestivo.
Em seu testamento, deixou parte do dinheiro que tinha para a compra das alfaias litúrgicas da capela do cemitério municipal e também para esmolas para a “pobreza envergonhada”.
Domitila foi sepultada no Cemitério da Consolação, em São Paulo, onde permanecem seus restos mortais até os dias hoje. Estranhamente, porém, a mulher é vista como santa para algumas pessoas, que visitam seu túmulo em busca de milagres.
Segundo afirmou o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti, repercutido pela Folha em 2019, "tem gente que agradece por operação bem-sucedida e tem mulheres envolvidas com homens casados pedindo ajuda para a marquesa para ficarem definitivamente com o amante".
Autor do livro "Titília e Demonão - cartas inéditas de Dom Pedro I à Marquesa de Santos", Rezzutti, declara, entretanto, não ter identificado qual seria a origem da devoção, em razão da ausência de documentação sobre o tema.